A fiscalização do Cremese encontrou corredores lotados de pacientes em maternidades
 
Prestes a dar à luz, elas não conseguem vaga nas maternidades. Enquanto isso, em outras unidades, sobram vagas.
 
 

A equipe de fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese) produziu relatório que aponta as precárias condições de atendimento nas maternidades do Estado. O estudo aponta as falhas na gestão, que levam à má distribuição de médicos e de leitos nas unidades de saúde.

A análise da autarquia que aponta a situação caótica da assistência em Sergipe não é surpresa para o secretário geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), Henrique Batista: “A fiscalização do Cremese vem, mais uma vez, reforçar as denúncias feitas há vários anos. E a situação só tende a piorar, haja vista o agravamento da crise com a falta de recursos”, avalia o conselheiro representante do Estado. A denúncia da instituição foi destaque na Tv Sergipe, afiliada da Tv Globo no estado.  Confira abaixo a íntegra da reportagem:

 

 

Henrique Batista: a fiscalização do Cremese reforça denúncias das más condições de atendimento nas maternidades de SergipeAs mulheres grávidas que recorrem ao Sistema Público de Saúde, em Sergipe, estão vivendo momentos de desespero. É que prestes a dar à luz, elas não conseguem vaga nas maternidades e o pior é que tem hospital com leito sobrando. O problema é a desorganização do estado, segundo um relatório do Conselho de Médicos que apontou falha na gestão das unidades.

As grávidas chegam e não sabem para onde ir, a maternidade fechou porque está lotada.
 
Mesmo com muita dor, Rafaela não foi atendida. A família correu para outro hospital.

Rafaela teve bebê por parto normal, sem complicações, uma hora depois de dar entrada na maternidade, a unidade que a recebeu é para pacientes de alto risco.

 

No mesmo dia, em outra unidade, sobram vagas. A denúncia foi feita pelo Cremese,  que fiscalizou maternidades de Aracaju e do interior do estado. Segundo o conselho, não falta espaço e nem médicos. O problema é a gestão.

 

Cinco maternidades públicas de Sergipe foram fiscalizadas. Na capital, o conselho encontrou grávidas nos corredores, em condições inadequadas. No interior, duas maternidades funcionavam com metade da capacidade.

 

Sobre a peregrinação das grávidas, a diretora responsabiliza as equipes de plantão.
 
“Paciente chegou  na unidade hospitalar que no momento não tem condição, ela precisa ser acolhida e ser encaminhada a outra unidade de forma segura e não por meios próprios, ela precisa ser referenciada. A gente sabendo disso, a gente vai solicitar às diretorias dos hospitais que vejam com seus diretores e técnicos essa questão”, disse Márcia Guimarães, diretora técnica da Fundação Hospitalar da Saúde.
 
A Fundação Hospitalar da Saúde administra os hospitais no estado e informou que a superlotação em algumas unidades é pontual e que só vai diminuir quando forem inauguradas outras duas maternidades públicas, na capital. O problema é que elas estão em obras, ou melhor, estavam porque tudo parou por falta de verba e ainda não existe uma data para retomada e término dessas obras.
 

A reportagem foi exibida na terça-feira (5) no Hora 1, e está acessível em http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/04/gravidas-que-recorrem-ao-sistema-publico-em-se-vivem-o-desespero.html

Fonte: G1
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