A “Semana do Médico”, encerrada na noite de sexta-feira (21), com um baile, em Porto Velho, foi marcada por discursos incisivos dos profissionais médicos contra a possível privatização da Saúde. 

Para o presidente do Sindicato Médico de Rondônia (Simero), Rodrigo Almeida de Souza, apesar do “desastre” que é o serviço público de Saúde, a privatização pode ser uma solução ainda pior para o problema. “Como já foi alertado por muitos, a privatização poderá ser um processo mais caro”, alerta.

Segundo Almeida, a questão da Saúde é um problema de gestão. A afirmativa é feita também pela promotora de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) Emilia Oiye, uma das autoridades presente no baile do “Dia do Médico”, realizado pelo Simero. Segundo ela, apesar de pública, a Saúde é de difícil acesso para a população e dispõe de poucos especialistas.

Os baixos salários e as condições de trabalho desfavoráveis, segundo Oiye, são os principais motivos da falta de especialidades. A promotora concorda ainda com a posição da presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), Maria do Carmo Wanssa, que compara o hospital e pronto socorro João Paulo II a um hospital de campanha (que, nas guerras, atende soldados e civis feridos).

Apesar de também tecer críticas a gestão da Saúde pública, o subprocurador geral de Justiça, Gilberto Barbosa, que também prestigiou o baile dos médicos, afirma que Rondônia está no mesmo patamar dos demais Estados. “O problema é generalizado. Os governantes, em todos os Estados, têm a política de prestar uma saúde curativa, quando o ideal é a preventiva”.

Gilberto Barbosa concorda, no entanto, que, em Rondônia, a iniciativa política para melhorar o atendimento à Saúde ainda é pífia. “Mas há a expectativa de que melhore”, salienta.

O aparente descaso no setor chama atenção também das entidades federais. O presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina e da Academia de Medicina de Brasília, José Saraiva, que palestrou aos médicos na sexta-feira e, à noite participou do baile do Simero, se declarou preocupado com o quadro atual dos hospitais públicos e lamentou que médicos e a população sejam submetidos a situações de degradação digna de países onde a pobreza é extrema.

Em conversa com a presidente do Cremero, José Saraiva se pôs a par das dificuldades enfrentadas pelos médicos no estado e fez um alerta: “Para um Estado que têm um médico no governo, Rondônia está a quem da expectativa no que se refere à Saúde pública”.

Para, mais uma vez, alertar as autoridades, o Conselho Regional de Medicina e as demais entidades médicas editaram um manifesto repudiando o abandono dos hospitais e intensificaram as fiscalizações. “O governador, durante a campanha eleitoral procurou o Cremero para conhecer a Saúde, hoje, quando o Cremero pode ajudar ainda mais, o Governo se fechou para o diálogo, fato esse que muito nos surpreende”, disse Maria do Carmo.  

Homenagens  – Médicos e autoridades foram homenageados durante o baile que encerrou a “Semana do Médico”, na noite da última sexta-feira (21), em Porto Velho.

Os homenageados receberam uma placa de honra ao mérito em reconhecimento aos relevantes serviços prestados tanto no exercício da medicina quanto na defesa de uma Saúde pública de qualidade.  Os homenageados foram a promotora de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) Emilia Oiye; a presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), Maria do Carmo Wanssa; o subprocurador-geral de Justiça, Gilberto Barbosa; e o presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina e da Academia de Medicina de Brasília, José Saraiva.

 Fonte: Simero

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