O exercício da espiritualidade no final da vida foi o tema de conferência proferida na manhã desta sexta-feira (28), segundo dia do Network Ibero-americano da International Association of Bioethics (IAB) e Primer Encuentro Del Consejo Federal de Medicina (CFM) y el Observatório de Bioética y Derecho de La Universidad de Barcelona. O evento foi realizado nesta quinta e sexta-feira (27 e 28), no CFM.
“A espiritualidade não se refere à comunhão com Deus. Espiritualidade se refere ao conjunto de valores e atitudes em relação ao todo o nosso redor”. O conceito foi definido pelo padre Anísio Baldessin, da Ordem de São Camilo (Camilianos). O religioso é capelão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); diretor do ICAPS (Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde) e coordenador do curso de Pós-graduação em Bioética e Pastoral da Saúde do Centro Universitário São Camilo.
Durante a conferência, Baldessin especificou ao público vários conceitos espiritualistas importantes ao cuidado prestado aos que necessitam de apoio. De acordo com o religioso, são necessários espírito de compaixão; disponibilidade, para acompanhar as pessoas; solidariedade; acolhida; oração e diálogo, desde que cuide-se do que é dito, evite-se o interrogatório e um esforço para verbalização, orientou o capelão.
À tarde, o evento foi aberto com uma conferência proferida pelo presidente do CFM, Roberto Luiz d´Avila, sobre o Código de Ética Médica e a terminalidade da vida. Em seguida, uma mesa redonda discutiu os novos horizontes na relação médico-paciente.