Gerenciamento de risco, decisão de destinos hospitalares e atendimento inicial foram alguns temas abordados na manhã do segundo dia de atividades do II Fórum Nacional de Urgência e Emergência do Conselho Federal de Medicina (CFM).

A regulamentação dos conselhos a respeito foi abordada por Luiz Alexandre Alegretti Borges, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) e secretário-geral da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). Ele apresentou recentes diretrizes do Cremers criadas com o objetivo de melhorar os fluxos e serviços. A Resolução Cremers  7/2011 traz a relação quantitativa médico/paciente nas emergências. A 9/2011, por sua vez, torna obrigatória a presença de um médico regulador, ou gerente de fluxo, que não exercerá atendimento assistencial concomitante com essa atividade de regulação.
 

O atendimento inicial dos pacientes foi abordado por Ederlon Rezende, diretor do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (STI-HSPE) e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB); e por José Mário Teles, membro da Câmara Técnica de Urgência e Emergência do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). Ambos apontaram a importância do diagnóstico pelas equipes de emergência e da intervenção precoce. “A identificação precoce desses pacientes, com início de intervenções específicas, melhora desfechos clínicos, por isso a colaboração estreita entre o médico da emergência e o intensivista é fundamental”, afirma José Mario Teles.

A respeito da responsabilidade dos pacientes críticos internados nas salas de emergência, o 1° vice-presidente do CFM, Carlos Vital, lembrou a Resolução CFM 1.493/1998, que determina ao diretor clínico que tome providências cabíveis para que todo paciente hospitalizado tenha seu médico assistente responsável. “O paciente tem que ter supervisão permanente, tem que ser instituída uma equipe exclusiva; a responsabilidade não pode ficar a cargo apenas do plantonista que está no ‘front’”, avalia.

Classificação de risco – Os participantes do fórum também abordaram o panorama da implantação, características e particularidades dos protocolos de classificação de risco. Um dos aspectos discutidos foi quem seria o responsável por realizar essa triagem (o médico, o enfermeiro, ou ambos) e a importância das pactuações internas e externas para sua melhor aplicação.

Segundo Welfane Cordeiro Júnior, coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG), o protocolo de classificação de risco “não diz respeito apenas à gestão da prioridade, é o início da gestão clínica; um potente modelo de gestão; um modelo de atenção”.

João Batista Gomes Soares, 1º secretário do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG), e Jefferson Piva, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), apresentaram pontos de vistas sobre a responsabilidade pela realização da triagem. Batista comentou um parecer-consulta do CRM-MG (4.252/2010), que recomenda que “a classificação de risco deve ser exclusivamente uma atividade realizada por médicos”, no entanto, disse que esse viés pode ser discutido. Piva, por sua vez, defendeu que a classificação seja feita por enfermeiros treinados sob supervisão médica (com auditoria e controle de qualidade). Houve consenso entre os participantes de que o controle deve ser médico.

Para melhor aplicação e operacionalização dos protocolos de classificação de risco, Roberta Rigo Dalcin, ex-coordenadora do SAMU de Porto Alegre, afirma que é fundamental haver pactuações internas e externas para organização dos fluxos, como por exemplo o gerenciamento de leitos. “Toda a situação intra-hospitalar deve ser priorizada dentro do fluxo médico e isso deve ser pactuado dentro do hospital”, recomenda.

 

Discussões – O II Fórum Nacional de Urgência e Emergência continua esta tarde na sede do Conselho Federal de Medicina, em Brasília (DF), com discussões sobre a UTI e o atendimento de emergência. Acompanhe a programação aqui.

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