Durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 21 de setembro, os participantes discutiram a possibilidade de criar uma subcomissão formada pelos deputados estaduais com o objetivo de divulgar denúncias sobre práticas abusivas dos planos de saúde, como defasagem dos honorários médicos, restrições a exames e procedimentos e insuficiência da rede de atendimento.

 Representantes dos médicos, dos pacientes e dos hospitais explicaram aos parlamentares o caos vivenciado na saúde suplementar e as suas graves consequências à qualidade da assistência. “Precisamos de medidas efetivas para reverter este quadro. Por isso, os médicos de todo o país estão mobilizados, inclusive promovendo paralisações do atendimento eletivo às empresas que ainda não atenderam as reivindicações da classe”, explica o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Curi.

 O médico e deputado Ulysses Tassinari, que propôs a audiência, apoia o movimento.  “Até que as entidades tiveram muita paciência, esgotaram toda a sorte de diálogo no sentido de resolver de outra maneira, mas foi preciso adotar essa medida de paralisações temporárias, escalonadas, sem trazer prejuízos maiores aos pacientes. É essencial que o paciente, que paga o plano, perceba o que está acontecendo e participe. Ele também é vítima dessa situação”, afirma.

 Também foi debatida a criação de uma ampla frente parlamentar em defesa dos médicos, pacientes e hospitais. As propostas serão pauta da próxima reunião da Comissão de Saúde da Assembleia, em 27 de setembro. “Contamos com o apoio dos deputados para o acompanhamento permanente dessas questões”, diz Curi.

 “Por meio desta casa de leis, que representa a população paulista, nós, médicos, queremos transmitir nossa angústia pela necessidade de valorização do trabalho médico na saúde suplementar”, registra o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior. “Precisamos do apoio dos parlamentares para que possamos defender nossos projetos. É fundamental esta aproximação. A Assembleia Legislativa é um centro de formação de opinião muito importante”, destaca Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional adjunto da APM na gestão 2011-2014.

 Demonstrando solidariedade aos colegas, outro deputado médico a participar da audiência foi Luiz Carlos Gondim: “O governo federal tem que tomar providências quanto à remuneração justa dos médicos.”

 “O sindicato dos hospitais considera legítimas as reivindicações dos médicos e apoia o movimento. Também temos grandes problemas com os planos de saúde”, ressalta o presidente do SINDHOSP, Dante Montagnana. “Esperamos encontrar um caminho, não muito tortuoso, para atingir nosso objetivo, que é atender bem os pacientes.”

 Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, reitera a importância de cobrar das operadoras que suas redes credenciadas aumentem na mesma proporção do crescimento do número de usuários.

Também participaram do encontro o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, e o presidente da AUSSESP – Associação dos Usuários dos Planos de Saúde do Estado de São Paulo, Flávio de Ávila. O presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Maurício Ceschin, foi convidado, mas não compareceu nem enviou representante.

Fonte: APM

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