Representantes de entidades médicas nacionais e estaduais, Ministério da Saúde, Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Secretaria de Relações Institucionais (SRI), médicos e especialistas participaram, nesta quinta-feira (25), da abertura do I Fórum nacional sobre aspectos médicos e sociais relacionados ao uso do crack, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O principal aspecto ressaltado na abertura do fórum foi a importância de se empreender esforços conjuntos para enfrentar esse tipo de drogação. O presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, destacou a atuação conjunta das entidades médicas nacionais – CFM, Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – e disse que a expectativa é que o evento gere uma série de propostas. “Temos que sair daqui modificados”, sintetizou.

Ricardo Paiva, ex-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e um dos coordenadores do evento, afirmou que os participantes, além de representarem instituições, são cidadãos vivendo uma epidemia de crack. Ele também ressaltou a importância do trabalho conjunto: “Quem tentar resolver sozinho esse problema, não vai conseguir. Temos que fixar alguns conceitos, educar e sermos educados”, defendeu.

Vulnerabilidade social – As condições de vulnerabilidade social relacionadas ao uso do crack no Brasil também foram destacadas pelos especialistas. Segundo o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, “o CFM está consciente sobre a influência dos fatores sociais sobre a saúde. O Código de Ética Médica, por exemplo, foi elaborado sobre a orientação de um paradigma benigno-humanitário, afinal, saúde é bem-estar físico, mental e social”, relatou.

Segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, a estratégia central é a de enfrentamento. Ela deve ser associada a outras ações que diminuam as condições de vulnerabilidade social. “No Brasil, esse conceito [de vulnerabilidade social] não é acessório, é central. Problemas complexos não têm solução simples, mas o governo está comprometido com o enfrentamento para oferecer uma biografia digna a essas pessoas [afetadas pelo uso do crack]”.

Representando a Secretaria de Relações Institucionais, Mozart Sales enalteceu a qualificação e a trajetória dos membros da mesa de abertura e frisou que a questão do crack está sendo tratada com prioridade pelo governo. A esse respeito, a secretária Nacional de Políticas sobre Drogas Adjunta, Paulina Vieira Duarte, destacou as principais frentes trabalhadas: “diminuir o impacto do crack e ações de prevenção, reinserção social, ensino e pesquisa”.

Entidades médicas – José Luiz Gomes do Amaral (AMB) destacou os avanços na área de enfrentamento ao crack e anunciou que a AMB entregará em breve aos médicos e à sociedade as suas diretrizes atualizadas, um instrumento de apoio a conduta nesse campo. Amaral também relatou que o Brasil – convidado pela Associação Médica Inglesa (British Medical Association, BMA) – fará parte de um grupo de trabalho sobre determinantes sociais na saúde.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, elogiou as ações sociais desenvolvidas na área, como a caravana realizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e Cremepe: “Esse trabalho desvendou uma série de realidades e reflete bem as vicissitudes e as dificuldades que a comunidade toda enfrenta”. Para ele, existe a convicção de que a união das instituições permitirá firmar compromissos sólidos capazes de gerar propostas concretas.

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