A luta contra excessos observados na relação entre representantes da indústria farmacêutica e médicos  se mantém como prioridade na agenda do Conselho Federal de Medicina (CFM). Não houve movimento de desistência ou recuo diante do desafio de definir parâmetros claros e objetivos para evitar ações que comprometam os aspectos éticos nessa relação. O presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, reiterou nesta segunda-feira (16) sua preocupação com o tema e ressaltou que nos próximos meses o resultado do esforço será apresentado à sociedade.  


A afirmação de Roberto d’Avila responde a notícias publicadas em alguns jornais, que, em sua opinião, não possuem fundamento. De acordo com ele, pela complexidade que o tema envolve o CFM decidiu ampliar o leque de discussões, buscando ouvir a opinião de representantes de todos os setores envolvidos direta e indiretamente com o tema. A cautela foi tomada como forma de assegurar que as medidas a serem adotadas alcancem plenamente seus objetivos. Já houve alguns encontros com executivos dos laboratórios, mas novas reuniões poderão ser agendadas na tentativa de se buscar uma solução consensual.

“Trata-se de um assunto árduo, pois sabemos que envolve vários interesses, inclusive comerciais. Entendemos também que a indústria e o comércio têm seu código de ética, assim como os médicos têm o seu. Entretanto, a oferta de vantagens é inadequada. São setores que precisam estabelecer uma convivência com base em regras claras e éticas, nas quais fique explicito que não há possibilidade de influência que repercuta na assistência oferecida. O que deve se buscar é o benefício do paciente acima de tudo. Tal conforto e segurança, por outro lado, repercutirão de maneira positiva dentro do segmento e terá reflexos na competitividade entre as indústrias”, ressaltou o presidente do CFM.

Ao fim do trabalho, o CFM quer oferecer ao país um instrumento que garanta a adoção de medidas que tornem mais transparente e ética a atuação da indústria farmacêutica em relação aos médicos. Do ponto de vista de normatização do trabalho dos profissionais, já haviam sido dado alguns passos importantes com o aperfeiçoamento de regras existentes no Código de Ética Médica, que estabelece critérios para a relação com a indústria e o comércio.

As medidas que serão adotadas ainda se encontram em fase de discussão. Mas o CFM se mantém firme no propósito de assegurar o cumprimento das normas éticas de exercício profissional, que desaconselham o relacionamento com a indústria e o comércio na expectativa de receber vantagens ou obter lucro. “Não se pode haver nenhuma prescrição ou indicação médica em benevolência a agrados ou brindes”, aponta o presidente da entidade, Roberto Luiz d´Avila.

“Não queremos que os médicos se sintam influenciados por nenhuma forma de propaganda ou fique suspeição sobre recebimento de vantagens. A ideia é criar limites e regras para a ação publicitária praticada pela indústria farmacêutica evitando o oferecimento de vantagens. O trabalho médico deve se pautar pelo seu código de conduta ética, sem qualquer possibilidade de suspeição ou de vinculação entre o profissional e a industria sob pena de configurar claro conflito de interesses”, pontuou d’Avila.
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