A última mesa do 1º Fórum de Endocrinologia e Metabologia do CFM privilegiou a discussão acerca da ética médica na prática clínica. O médico Alexandre Hohl discorreu a respeito das novas moléculas administradas para diabetes. No âmbito da medicina de precisão, a inovação terapêutica e os dilemas da manipulação foram destaques. “Versões manipuladas podem representar um risco maior para a segurança do paciente”, declarou Hohl.
Após a fala de Alexandre Hohl, foi a vez de Clayton Luiz Dornelles Macedo, com a palestra “o consultório médico e a venda de fármacos: fronteiras éticas no cuidado ao paciente com diabetes”. Mais uma vez, promessas milagrosas – para pacientes e médicos – foram combatidas. “O viés econômico pode deturpar a verdade: a abertura indiscriminada de faculdades de medicina tem formado alguns maus profissionais, que colocam o lucro acima da saúde do paciente. Medicamentos para emagrecimento têm sido cada vez mais prescritos – muitos sem nenhuma regulamentação no Brasil. O bom médico não pode silenciar”, enfatiza Macedo.
O especialista também ressaltou o papel do Conselho Federal de Medicina na proteção à saúde do brasileiro. “O CFM tem uma oportunidade histórica de assumir o papel que a sociedade espera: proteger a medicina da corrosão moral e combater a mercantilização da saúde do paciente, o que já tem sido feito, principalmente, na defesa do ato médico e da boa formação acadêmica”, completa.
Por fim, o coordenador do Fórum, Bruno Souza, e a 2ª vice-presidente do CFM, Rosylane Rocha, agradeceram aos palestrantes e participantes do 1º Fórum de Endocrinologia e Metabologia do CFM, que assistiram o evento presencialmente ou virtualmente.
O evento continuará disponível no canal do CFM no YouTube e pode ser assistido AQUI.