O Tribunal de Contas da União (TCU), por meio de relatório, recomendou a inclusão de representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) como membros permanentes do Comitê de Crise e Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19. Ambos os grupos foram instituídos para articular e monitorar as ações interministeriais de enfrentamento ao coronavírus.

Na avaliação do ministro Vital do Rego, a inclusão de representantes das entidades trará ganhos ao trabalho realizado. “Não tenho dúvidas de que representantes do CFM e da AMB, por exemplo, poderiam contribuir, com sua visão técnica, para o enriquecimento dos debates travados em ambos os comitês, no sentido de contribuir para o incremento da efetividade das medidas a serem adotadas”, destacou.

O ministro do TCU pontuou ainda que o sucesso na definição e implementação de políticas públicas na área de saúde depende da efetiva participação e integração de ações por parte da União, estados e municípios. No cenário atual, os auditores que analisaram as ações já realizadas apontaram risco de gastos desnecessários. Embora o CFM ainda não tenha sido comunicado oficialmente pela Corte de Contas sobre a recomendação, divulgada em 24 de junho, o presidente da autarquia, Mauro Ribeiro, avalia a indicação como um reconhecimento ao importante papel dos médicos no combate à pandemia.

“Estamos diante de um cenário que exige o envolvimento de todos, e os médicos brasileiros já demonstraram que estão dispostos a cumprir seu papel. No CFM não é diferente: estamos abertos a qualquer tipo de diálogo que tenha como objetivo a saúde e a vida da nossa população”, disse.