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  1. Na mesa de debate sobre como mitigar fatores de risco durante o II Fórum da Câmara Técnica de Oftalmologia do Conselho Federal de Medicina (CFM), o presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed), senador Dr. Hiran (PP-RR), e a secretária municipal de Desenvolvimento Social de Curitiba, Amália Tortato, falaram sobre a ausência da oftalmologia na atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e da falta de dados de saúde ocular infantil no País. A secretária disse que 23% dos menores deixam a escola por problemas de visão.

O parlamentar afirmou que o SUS disponibiliza oftalmologistas apenas na alta e média complexidades. “Na prática, quando uma criança vai a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), não tem oftalmologista lá para atendê-la. Quando ela chega num posto de saúde, vai para a regulação, da regulação vai para uma clínica credenciada, e lá muitas vezes não tem nem vaga. A criança enfrenta uma dificuldade imensa de fazer um exame oftalmológico completo”, criticou.

O senador lembrou que, muitas vezes, numa localidade pequena e longínqua do País, há um optometrista, que não é médico, fazendo exame de refração e colocando a saúde ocular, principalmente de crianças, em situação de absoluta vulnerabilidade. “Os optometristas não estão preparados para fazer o exame oftalmológico como os médicos. São os médicos que têm o conhecimento, a técnica refinada, utilizam microscópios de alta resolução, fazem exames pré-operatórios e pós-operatórios para dar ao paciente melhor resultado cirúrgico. Então, temos uma luta contra a invasão de competência por parte da optometria, em defesa dos pacientes”, disse.

A secretaria Amália Tortato lembrou que o Brasil está entre os cinco países com maiores índices de evasão escolar do mundo. “E, de cada 100 crianças que abandonam a escola, 23 delas o fazem por conta de questões relacionadas à saúde visual. As evidências mostram o impacto na educação do país”, disse. Ela acredita que ainda faltam dados de saúde ocular infantil. Dr. Hiran confirmou a ausência de informações.

“Na atenção básica no SUS, não atendemos crianças. Isso depende de uma política de Estado, com uma lei que possamos aprovar. Creio que o Conselho Federal de Oftalmologia (CBO) poderia encabeçar um grande projeto desse para dar acesso às crianças a um exame oftalmológico e, com isso, nos contrapormos aos optometristas. Às vezes, chegam crianças de 10 e 11 anos à nossa carreta de atendimento no estado de Roraima que nunca tinham feito exame na vida, achando que é normal enxergar bem de um olho só”, contou.

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