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No V Fórum da Comissão de Integração do Médico Jovem, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 12 de abril, na sede da Autarquia, em Brasília (DF), os participantes se debruçaram sobre as opções disponíveis no mercado de trabalho para os formandos no curso de medicina. Palestrantes convidados ressaltaram a importância de uma formação acadêmica com qualidade para uma boa colocação profissional e destacaram como alternativas o ingresso na área de pesquisa e no serviço público (por meio de concurso), inclusive na esfera militar.

Alexandre Holthausen Campos, diretor-superintendente de Ensino na Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, afirmou que o sistema médico no Brasil precisa de uma grande reforma e que a pesquisa precisa entrar na grade curricular das faculdades como mecanismo para melhor formar os futuros médicos brasileiros. Segundo ele, é necessário pensar em pesquisa ao planejar a carreira médica.

“A melhor evidência médica disponível vem de trabalhos científicos. Se não tivermos pesquisa, teremos um médico incompleto, com dificuldade de oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, com dificuldade de entender que nem sempre mais exames são a melhor opção para tratar o paciente, e com dificuldade de orientar residentes e alunos. Precisamos ter a pesquisa ‘curricularizada’ para formar melhores profissionais”, afirmou.

Atenção básica – Andrey Oliveira da Cruz, membro da Comissão de Integração do Médico Jovem do CFM, falou sobre as oportunidades de emprego na Atenção Básica, destacando a importância dos concursos públicos e dos programas como o Médicos sem Fronteiras, o Médicos pelo Brasil e o Mais Médicos. De acordo com ele, os salários e bolsas oferecidos podem ser uma opção para quem quer seguir uma carreira pública.

“A bolsa formação bruta do Mais Médicos é de R$ 12 mil. O salário do Médicos pelo Brasil começa a partir de R$ 16 mil. É preciso falar sobre os valores oferecidos pelo mercado de trabalho nas faculdades de medicina. Ninguém fala sobre isso. Além de uma remuneração adequada, para trabalhar com Atenção Básica, é preciso também que o médico seja bem formado, tenha oportunidades de atualização e boas condições de trabalho”, observou.

Carreira militar – Já Venâncio Gumes Lopes, conselheiro federal por Sergipe, que é médico da Polícia Militar do Estado, garantiu que o médico jovem fará uma boa escolha se seguir a carreira nas Forças Armadas, Bombeiros ou Polícias Militares. Segundo ele, o ingresso se dá por meio de concurso público, o que garante estabilidade financeira.

“Ao optar por esse caminho, o médico assume um papel crucial na preservação da saúde dos membros das Forças Armadas brasileiras e de suas famílias, além de contribuir com missões humanitárias. Vale lembrar que não há perda da autonomia medica e, por lei, ainda é possível acumular outro cargo público, desde que não haja choque de horários”, explicou.

Precarização – Por sua vez, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Lúcia Maria dos Santos, chamou a atenção para a precarização da atividade do médico, especialmente nos contratos para a realização de plantões em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de Tratamento Intensivo (UTIs) e Pronto Atendimento. De acordo com ela, atualmente, está havendo a celebração de contratos ilegais de todas as formas.

“Em meio a tudo isso, muitos médicos jovens ficam completamente desassistidos quando vão assumir um posto de trabalho. É importante que as entidades médicas se unam, cada um na sua área, para defender a valorização do nosso trabalho. O que estamos vendo é a violação da dignidade do trabalhador e até desrespeito a direitos previdenciários”, criticou.

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