Dezenas de deputados e senadores participaram, na manhã desta quarta-feira (12), de encontro do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, e destacaram a atuação da autarquia em defesa da medicina, da saúde e dos pacientes no País.
Em discurso, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, agradeceu a presença de todos e agradeceu aos parlamentares que trabalham em prol de melhores condições de atendimento para os médicos e população. “Recebemos a tarefa de trabalhar intensamente em defesa do exercício ético de nossa profissão e dos interesses da sociedade brasileira. Por isso, o Congresso Nacional e o Conselho Federal de Medicina são parceiros e precisam caminhar juntos”, disse Gallo.
O senador Dr. Hiran Gonçalves (PP-RR), presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed), ressaltou que é importante que todos estejam unidos em defesa de pautas como a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina e de projetos que aumentem a pena para quem agride profissionais de saúde em ambiente de trabalho.
O presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde, deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), avalia que a participação dos médicos na política é fundamental para a construção de programas e ações do Estado. Calil observou que faltam médicos parlamentares no Legislativo brasileiro. “Eu chamo muita atenção para isso porque nós temos várias bancadas, como a do agronegócio, a da bala, a evangélica e por aí vai. Mas nós não temos uma de médicos”, comentou.
Já o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) criticou a Medida Provisória (MP) 1.286/24, publicada em 31 de dezembro de 2024 pelo governo federal, que promove uma distribuição desigual de reajustes salariais entre categorias da carreira TAE, concedendo apenas 4,5% de aumento para os médicos, enquanto outras categorias serão contempladas com um reajuste de 9%.
“Vamos lutar e corrigir isso para que os médicos tenham melhor índice de correção, como todas as outras carreiras de Estado. Junto com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira, estaremos juntos em prol da saúde nessa medida provisória”, reforçou Doutor Luizinho, que é autor do projeto de lei que cria o Exame Nacional de Proficiência em Medicina.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, por sua vez, afirmou que há temas emergenciais no Congresso Nacional que terão de contar com apoio do CFM, como o combate ao cigarro eletrônico. Ele destacou a coragem da autarquia em lidar com temas considerados mais polêmicos. “Temos que nos mobilizar. Estamos vendo a tragédia dos cigarros eletrônicos. Não podemos deixar aprovar o seu uso no Brasil”, sublinhou.
Na mesma linha, o senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que não é possível ter prestação de saúde de qualidade no Brasil sem a participação de médicos no debate. “Não teremos boa medicina se nós não ouvirmos a classe médica. A gente está aqui em defesa de medidas que favoreçam a saúde. O atendimento à saúde no Brasil tem uma grande carência e a classe médica precisa ser valorizada”, declarou Moro.
O diretor da Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniel Pereira, também participou do evento.