A 11ª Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-11), codificação mundial de todas as patologias, elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estará em uso no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2025. A estimativa é do Ministério da Saúde.
O órgão federal está coordenando o processo de tradução e adaptação da CID-11 para a língua portuguesa. De acordo com o ministério, a previsão é de que esse processo seja encerrado até dezembro de 2022, já incluindo as etapas de revisão e validação por especialistas na área de classificações. Na OMS, a CID-11 está em vigor desde 1º de janeiro deste ano.
Com 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, a nova classificação incorpora enfermidades surgidas após o lançamento da CID-10, publicada em 1990, com 14.400 códigos.
Entre as novas enfermidades elencadas na CID-11, estão problemas de saúde mental, como transtorno causado por jogos eletrônicos, listado entre os que podem causar adicção; e a Síndrome de Burnout, citada em capítulo específico sobre problemas gerados e associados ao emprego ou ao desemprego.
A classificação também ganhou códigos para a resistência antimicrobiana, problema que tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo devido ao uso indiscriminado de antibióticos.
Outros temas incorporados foram as condições relacionadas à saúde sexual, com a inclusão do tema transexualidade, antes listada como doença mental e agora classificada como incongruência de gênero.
Edição digital – Passados mais de 80 anos da primeira versão, a CID tem um novo formato, totalmente eletrônico. A intenção da OMS foi facilitar o acesso e possibilitar a contribuição de usuários com o envio de sugestões a partir da plataforma eletrônica.
Lançada em 2018 para análise dos estados-membros e para que pudessem se preparar para o uso da ferramenta, a CID11 foi aprovada na 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra (Suíça), em 2019. 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças está disponível no site da OMS. O Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda a todos os médicos que procurem se informar sobre as mudanças que terão impacto na rotina de atendimentos.
Para conhecer a plataforma, acesse: icd.who.int