Formação e residência médica do cirurgião geral: temas que estiveram no centro dos debates durante o V Fórum de Cirurgia Geral, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Para abordar os três anos da especialização e o acesso direto às especialidades cirúrgicas, representantes de nove sociedades cirúrgicas discorreram sobre diferentes perspectivas a respeito desses tópicos.
Sob a coordenação de Sérgio Tamura, conselheiro federal pelo Distrito Federal e coordenador da Câmara Técnica que se dedica ao tema dentro do CFM, o evento aconteceu de forma presencial no auditório da sede, em Brasília (DF), em 1º de dezembro.
A mesa redonda, presidida por Ricardo Lemos Cotta Pereira, membro da Câmara Técnica, teve início com a apresentação do conferencista e moderador Paulo Roberto Corsi, também da Câmara Técnica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Ele lembrou que o Brasil, há pouco tempo, era o único país do mundo que formava um Cirurgião Geral em dois anos e a mudança para os três anos trouxe um panorama geral de melhoria do ensino.
Ele ponderou ainda que as nove especialidades cirúrgicas reconhecem que as competências adquiridas nos dois ciclos iniciais são suficientes como pré-requisito para que o residente possa seguir com a especialização, e que o acesso direto poderia ser uma opção.
Fenômeno – Durante o debate vários temas surgiram, como: formas de melhorar a formação em cirurgia; o fenômeno da falta de interesse do residente da especialidade pela formação em cirurgia geral; o excesso de trabalho; a atuação em cirurgia robótica; os residentes de especialidades com objetivos outros; as cirurgias eletivas; e associação das cirurgias de emergência a piores indicadores de sobrevida. Esses temas, que vieram à tona, devem continuar sendo tratados na sexta edição do evento, no próximo ano.
Compuseram a mesa: Achilles Alves de Levy Machado, 4º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP); Lúcio Marques da Silva, representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP); e Francisco João Sahagoff de Deus Vieira Gomes, tesoureiro-geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
Também participaram da rodada César Freire de Melo Vasconcelos, representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT); Fransber Rondinelle Araújo Rodrigues, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU); Maurícia Caetano Cammarota, 1ª secretária da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE); Viviane Rezende de Oliveira, vice-diretora de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO); Ronaldo Máfia Cuenca, do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD); e Rômulo Medeiros de Almeida, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).