
Foto: Assessoria CRM-PR
O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta quarta-feira (8), do Fórum “Violência Contra Médicas e Profissionais de Saúde: Desafios no Ambiente de Trabalho”, realizado no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), em Curitiba. O evento foi promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) em parceria com a ALEP e reuniu autoridades do Legislativo, do Judiciário, da segurança pública e lideranças médicas.
Representando o CFM, a conselheira federal suplente, Viviana de Mello Guzzo Lemke, integrou a roda de diálogo que encerrou a programação, apresentando dados nacionais e defendendo a adoção de políticas efetivas para garantir a segurança dos profissionais de saúde.
Segundo levantamento recente do CFM, com base em informações das Polícias Civis de todos os estados e do Distrito Federal, o Brasil registrou mais de 37 mil casos de violência contra médicos entre 2013 e 2024 — uma média de nove ocorrências por dia. Somente no Paraná, foram contabilizados 3.350 boletins de ocorrência no período, sendo 2024 o ano mais violento da série histórica, com 531 registros.
Durante a atividade, a conselheira do CFM destacou que os dados refletem a gravidade do problema e a necessidade de medidas urgentes. “A violência contra médicos e médicas não pode ser tratada como algo corriqueiro. É um problema que afeta diretamente a saúde pública e a segurança da população. Precisamos de proteção institucional, melhores condições de trabalho e políticas permanentes que garantam respeito e dignidade aos profissionais que cuidam da vida”.
Trabalho – O CFM tem atuado em diversas frentes para enfrentar essa realidade. Entre as medidas, destacam-se a Resolução CFM nº 2.444/2025, que estabelece diretrizes para a prevenção e o enfrentamento da violência contra médicos, e o apoio à tramitação do PL nº 2.294/2024, que propõe o agravamento das penas para quem agredir profissionais em serviço.
De forma contínua, o Conselho também desenvolve campanhas nacionais de conscientização, com o objetivo de sensibilizar a sociedade, gestores públicos e instituições de saúde sobre a importância de garantir ambientes seguros e respeitosos para o exercício da Medicina.
“É essencial que o poder público e as instituições de saúde implementem protocolos de segurança e criem espaços de trabalho protegidos, especialmente para as mulheres médicas, que hoje são as principais vítimas dessas agressões”, completou Lemke.