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Certificado: médicos brasileiros concluem com êxito a 12ª Turma do Programa Doutoral em Bioética

Como garantir a integridade da produção científica em tempos de inteligência artificial (IA) e frente ao ChatGPT? O assunto foi debatido na Conferência sobre Integridade Científica, promovida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

O evento, realizado em julho na sede do CFM em formato híbrido, reuniu pesquisadores do Brasil e de Portugal. “Os desafios são enormes, e um deles é achar um meio ético para combater e dirimir as fake news, que tanto agem contra o conhecimento científico. Observamos, especialmente durante a pandemia, como essas falsas informações impactaram negativamente a saúde mundial”, ressaltou José Hiran Gallo, presidente do CFM.

António Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto, também manifestou preocupação, especialmente com o avanço do ChatGPT, afirmando que novos problemas surgirão. “O limite que se põe é ético. As coisas que irão aparecer terão impacto nas nossas vidas. O mundo assiste a tudo isso como se fizéssemos de conta que não está acontecendo. Como será o futuro das vacinas, por exemplo?”, alertou Pereira.

Rui Nunes, diretor do Programa Doutoral em Bioética da FMUP, avaliou que a IA será transformadora para toda a humanidade, passando pela bioética e pela medicina. Como exemplo, ele citou que a União Europeia desenvolveu um sistema que apresenta um prontuário por paciente do continente, concentrado em um só lugar. Ele também acredita que o avanço digital terá forte impacto social e econômico, com perda de empregos. “Estou convencido de que a ordem ética mundial tem de repousar na dignidade humana”, cravou Nunes.

Já a advogada Cíntia Águas, secretária executiva do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida de Portugal, perguntou se a ciência terá limites, pois a criatividade, segundo ela, não tem. “A sociedade tem de ter uma bússola ética. Ciência é um esforço coletivo. Ciência se faz com pessoas. Tem de haver confiança na ciência. Os processos de integridade são importantes. Ciência apressada é ciência desleixada”, observou.

Diplomas – Também fez parte da programação a entrega dos certificados da 12ª Turma do Programa Doutoral em Bioética, promovido pelo CFM por meio de convênio com a UP, e a 13ª Turma do programa foi aberta. No total, 17 médicos receberam o certificado. “Essa parceria entre o CFM e a UP tem permitido a inúmeros médicos o acesso a um processo de formação diferenciado, reconhecido internacionalmente, o qual consolidou a posição do Brasil como referência para debates sobre bioética. Trata-se do maior programa de doutorado em Bioética, nesse formato, do mundo”, destacou Hiran Gallo.

Os estudantes da 12ª Turma que concluíram com êxito o Programa Doutoral em Bioética receberam, além do certificado, medalhas como homenagem e reconhecimento simbólico ao esforço e dedicação nesse processo acadêmico. Cada medalha representa o compromisso com a busca do conhecimento e a excelência em bioética.

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