A manhã do segundo dia do XV Fórum Nacional de Ensino Médico (1) foi encerrada com a mesa “Competências na graduação médica”, oportunidade em que três palestrantes compartilharam experiência e muito conhecimento.

O médico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, José Maria Peixoto, versou acerca das competências técnicas e científicas que precisam ser trabalhadas em um cenário de crise no modelo tradicional de ensino. “Precisamos mudar paradigmas e nos atentar à emergência do modelo baseado em competências”, afirmou Peixoto.

Também foi debatida a importância das habilidades sociais no âmbito da formação acadêmica. A médica psiquiatra e docente Sandra Piu demonstrou que inteligência emocional e saúde mental precisam ser valorizadas por estudantes de medicina tanto quanto a capacidade técnica. “Por conta de vulnerabilidades socioemocionais, estudantes de medicina podem experimentar sentimentos de incerteza e insegurança, o que pode afetar negativamente seu bem-estar. Por isso, é crucial apoiar o desenvolvimento dos alunos na sua capacidade de gerenciar situações angustiantes”, destacou a psiquiatra. 

Dra Sandra Piu destacou a importância da saúde mental para médicos e estudantes de medicinas

Por fim, o médico e membro da Comissão de Ensino Médico do CFM, Hélio Angotti Neto, aprofundou o tema “Formação Ética e Humanística na graduação em medicina: o que todo médico deve saber valorizar”. Angotti Neto salientou que professores e alunos precisam praticar ciência aliada ao senso de humanidade. “Não basta ter ética e profissionalismo; é preciso que o futuro médico saiba se comunicar com o paciente, tenha empatia e repertório cultural. É necessário aprender a compreender a alma humana”, completou.