
A primeira mesa desta sexta-feira (1) debateu pontos fundamentais para a boa formação dos futuros médicos: diretrizes curriculares e a integração entre teoria e prática na graduação.
A discussão, moderada pelo conselheiro federal Diogo Leite Sampaio e secretariada pelo conselheiro federal Antônio Henriques de França Neto, foi iniciada por Elizabeth Guedes, relatora das diretrizes curriculares nacionais do Conselho Nacional de Educação (CNE). “O médico tem perdido sua identidade como líder, como coordenador da equipe multidisciplinar de saúde. É essencial que o médico saia da faculdade sabendo o que é o ato médico sem que precise recorrer à lei”, afirma.
Eduardo Jorge da Fonseca Lima, médico pediatra e conselheiro do CFM, expôs dados alarmantes. “Há uma dicotomia entre o que preveem normativas e legislação e o que de fato é praticado, principalmente no que se refere à atenção primária à saúde e atuação médica no SUS”, relata Lima. Ele ainda ressaltou a importância da boa formação de médicos especializados na saúde materna e infantil. “É preciso motivar os alunos, mostrar a eles que o Brasil precisa de uma população jovem saudável”.
A terceira palestra, proferida por Renato Soleiman Franco, professor adjunto da PUC-PR, abordou o tema “Avaliação por competências e simulação realística: garantindo a qualidade e a habilitação do médico graduado”. Franco destacou que a apresentação de casos e cenários hipotéticos são ferramenta valiosa para introduzir conceitos teóricos e simular experiências. “Na prática, o profissional irá se deparar com situações muito mais profundas, mas a simulação prévia mostra ao aluno suas lacunas de aprendizado e o prepara para o atendimento real”, destaca o professor. Ao final, o microfone foi aberto aos presentes para que pudessem participar de debate a respeito de todas as temáticas expostas.