O VIII Fórum de Cooperativismo Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM) abriu um debate crucial sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seu impacto no sistema de saúde brasileiro. O evento, realizado em Brasília (DF), em 17 de abril, reuniu especialistas de diversas especialidades médicas, gestores de operadoras de saúde e representantes de órgãos governamentais.

Na abertura da atividade, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, destacou a importância de se discutir o tratamento do autismo no meio médico, especialmente com a participação dos planos de saúde. Ele ressaltou a necessidade de diretrizes que atendam pacientes e profissionais, evidenciando a relevância do tema, que tem ganhado destaque globalmente nos últimos anos.

Agenda prioritária – “O Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina acompanham de perto essas discussões e consideram essa agenda prioritária para a saúde brasileira. A participação de todos os envolvidos é fundamental para o progresso dessas importantes discussões para a saúde e a medicina no País”, disse o presidente do CFM.

O TEA é um transtorno neurológico cada vez mais diagnosticado, com um aumento significativo de casos nos últimos anos. Esse fenômeno, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, é atribuído ao maior acesso aos serviços de diagnóstico, à melhor formação dos profissionais e à maior conscientização da sociedade sobre o autismo. O órgão aponta que 1 em cada 36 crianças possui algum nível de TEA. Isso equivale a cerca de 5,6 milhões de brasileiros.

Segundo palestrantes do VIII Fórum, esse avanço traz consigo um desafio: o aumento dos custos de saúde em todos os setores. “Com mais diagnósticos, a demanda por tratamento de pacientes com autismo continuará crescendo, o que requer soluções sustentáveis tanto no setor público quanto no privado”, pontuou a conselheira federal Yáscara Pinheiro Lages Pinto, coordenadora da Comissão de Cooperativismo Médico do CFM.

Em diferentes oportunidades, palestrantes do VIII Fórum de Cooperativismo Médico do CFM destacaram a importância do diagnóstico precoce, que pode ser estabelecido por profissionais experientes e trazer benefícios em longo prazo para pacientes e suas famílias, além de reduzir custos para os sistemas de saúde.

Avaliação diagnóstica – O Fórum também destacou a relevância de padronização de diagnóstico e tratamento de pessoas com TEA, entendendo-os como multidisciplinar e com a exigência de terapias validadas cientificamente. Neste sentido, levantou-se que os planos terapêuticos para pessoas com TEA são individualizados, devendo ser revisados periodicamente, de acordo com os resultados e expectativas no desenvolvimento do paciente.

Segundo Yáscara, o evento avançou na identificação de alternativas e propostas que garantam a melhor relação custo-efetividade para o tratamento de pacientes e o adequado funcionamento do sistema de saúde. “O debate sobre o tratamento de autismo no meio médico e planos de saúde tem se intensificado, demonstrando a necessidade de se criar diretrizes no rol de procedimentos e eventos em saúde”, concluiu.

As palestras e debates contaram com a participação de médicos neurologistas, pediatras, psiquiatras, otorrinolaringologistas, entre outros. Além dos especialistas em TEA, estiveram presentes gestores de operadoras de planos de saúde, cooperativas (Unimeds Brasil e regionais) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), assim como nomes do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça Federal. O conteúdo do evento será compartilhado no canal oficial do CFM no YouTube.

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