No Programa Médicos pelo Brasil, a formação em medicina de família e comunidade será obrigatória para a contratação federal. De acordo com o Ministério da Saúde, o médico cumprirá jornada semanal de 60 horas, sendo 40 horas voltadas à integração ensino-serviço, desenvolvendo atividades de atendimento direto à população, e 20 horas de atividades teóricas.
Os médicos serão supervisionados por seus respectivos tutores e, a cada dois meses, passarão uma semana na unidade de saúde da família do tutor, realizando atendimentos em conjunto. Além disso, o tutor deverá estar disponível para supervisão de casos a distância a qualquer momento.
Os participantes do programa também contarão com a possibilidade de discussão de casos via telessaúde, de médico para médico, utilizando os recursos já ofertados pelo Ministério.
O componente teórico será realizado por instituição de ensino superior parceira, com a participação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), na modalidade de ensino a distância. As avaliações serão semestrais, com aprovação obrigatória para continuidade no programa. Ao final do curso, o médico deverá realizar um trabalho de conclusão – que consistirá na identificação e priorização de problema existente na população vinculada à sua USF, acompanhado da intervenção para a melhoria desse problema.
“O ensino é um ponto fundamental, porque um médico mal formado é muito caro à sociedade. Ele não tem capacidade para dar diagnósticos e sobrecarrega o sistema com a solicitação de exames – potencializando as dificuldades dos gestores públicos em utilizar as verbas já de cientes. Nesse sentido, é necessário também estabelecermos em lei os critérios para abertura de cursos, além de avaliar todos os médicos formados no exterior através do Revalida”, pontou o 1º vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro.