CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Prescrição Eletrônica

Uma solução simples, segura e gratuita para conectar médicos, pacientes e farmacêuticos.

Acesse agora

Quase 40% das escolas abertas desde 2011 estão em locais que não atendem nenhum pré-requisito

Das 163 escolas médicas abertas entre 2011 e 2020, 40% estão em 50 municípios que não cumprem nenhum dos requisitos mínimos considerados ideais para uma boa formação médica. Outras 41% estão em 60 localidades que apresentam dois parâmetros insatisfatórios, e 13,5% estão localizadas em 20 municípios que apresentam pelo menos uma inconsistência. Apenas nove instituições (5,5%) estão em quatro cidades que atendem todas as condições para seu funcionamento.

Quando analisada a situação das 353 escolas existentes, independentemente do ano de criação, o resultado continua preocupante. Do total, 94 instituições de ensino (26,6%) funcionam em 68 municípios que não atendem nenhum parâmetro; 134 (38%) estão situadas em 98 localidades que cumprem apenas um parâmetro; e 68 (19,3%) ­ficam em 43 cidades que respeitam dois parâmetros. Apenas 57 (16,1%) estão sediadas em 19 cidades que observam todos os pré-requisitos.

O trabalho elaborado pelo Conselho Federal de Medicina, que analisou a infraestrutura para escolas a partir de dados o­ ciais disponíveis no Cadastro Nacional das Entidades de Saúde (CNES), constatou ainda que 77% das cidades que têm escolas médicas não possuem leitos su­ficientes para o ensino médico.

Geogra­fia – A análise desse cenário do ponto de vista geográ­fico indica que os maiores problemas se concentram em estados das regiões Norte e Nordeste. Das 32 escolas médicas do Norte, apenas uma (3,1%) está localizada em um município que atende todas as exigências preconizadas. No Nordeste, 13 escolas (15%) estão localizadas nos quatro municípios que atendem todos os parâmetros.

No Sul, todos os indicadores são observados por nove escolas (15,5%), situadas em cinco municípios. No Sudeste, isso acontece com 23 (16,3%) das 144 unidades, localizadas em 5 das 94 cidades onde há escolas médicas. A melhor situação está no Centro-Oeste, onde o desempenho considerado ideal ocorre em 21 localidades com instituições de ensino que oferecem cursos de medicina, o que representa 31,3% das escolas em funcionamento.

Equipes da ESF estão com alta notação

Apesar de ser a região com o segundo melhor indicador, o Sudeste abriga o município com o pior indicador individual em relação às equipes de Saúde da Família (eSF). Jaguariúna, onde foi aberta a mais recente faculdade de medicina no País, tem 80 alunos por eSF. Matipó (MG) (13,33) e Alfenas (MG) (11,58) são os dois outros municípios do Sudeste com piores indicadores da região quanto a este quesito. Em relação ao número de leitos por aluno, Fernandópolis (SP) (0,41), Vespasiano (MG) (0,45) e Santa Fé do Sul (SP) (0,95) são os munícipios da região com piores resultados.

Saúde da Família: cada equipe de ESF deveria ser acompanhada por no máximo três alunos de medicina

Norte – Na região Norte, onde os indicadores estão muito longe do ideal, a pior situação em relação à quantidade de leitos é a de Gurupi (TO), que oferece 0,86 equipamentos por aluno. Logo
depois, vêm dois municípios paraenses: Redenção (1,56) e Marabá (2). Nenhumas dessas cidades conta com hospital de ensino. O Pará concentra três dos quatro municípios com pior distribuição de alunos por eSF. No estado, a situação é mais crítica em Redenção (10 alunos por equipe), Belém (5,61) e Marabá (5,26), que tem o mesmo indicador que Porto Velho, capital de Rondônia.

No Nordeste, a falta de leitos para a formação de alunos é mais sentida nas faculdades de medicina instaladas em Petrolina (PE), Jacobina (BA) e Guanambi (BA). Essas três localidades apresentam, respectivamente, um índice de 1,25, 1,26 e 1,45 leito por aluno, ou seja, cerca de três vezes menos do que o recomendado. Quanto à distribuição de estudantes por eSF, o quadro é mais preocupante em Imperatriz (MA), com 5,78 alunos por equipe, Barreiras (BA), com 5,71, e Maceió (AL), com 5,19.

Sul – Na região Sul, onde 15,5% dos municípios atendem aos parâmetros, está a localidade com o pior resultado individual quanto ao número de leitos. Caçador, em Santa Catarina, relata apenas 0,38 leitos por aluno. Na sequência, os resultados mais negativos ocorrem no Paraná: em Campo Mourão, com 0,62 leito por aluno, e Maringá, com 1,73.

Por sua vez, a formação dos alunos na atenção básica, na região, fica mais comprometida em Passo Fundo (RS), cujos indicadores sugerem a existência de 13,60 alunos por eSF; Caçador (SC), com 13,47; e Campo Mourão (PR), com 11,81.

No Centro-Oeste, os três piores resultados quanto aos leitos estão em Goiatuba (0,50 leito por estudante), Mineiros (0,61) e Formosa (0,98), todas em Goiás. Em relação à distribuição de alunos  por eSF, as situações mais críticas continuam no território goiano: Mineiros (13,9 estudantes por equipe), Goiatuba (12,8) e Rio Verde (8).

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.