A pandemia de Covid-19 não impediu o trabalho da equipe do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme). Com adoção de medidas necessárias de higiene e segurança, a comissão de acreditação e o grupo de avaliadores analisaram sete escolas no segundo semestre de 2020.
Participaram do processo cerca de 30 avaliadores, docentes e discentes, médicos e outros profissionais da saúde, além de gestores do ensino e da saúde, que seguiram orientações como uso de máscaras e distanciamento social, além de seguir o protocolo de Covid-19 específico de cada uma das escolas médicas.
A etapa de visitas às instituições de ensino e a seus cenários de aprendizagem foi concluída em 3 de dezembro. Das escolas avaliadas, públicas e privadas, duas são do Distrito Federal, duas de São Paulo, duas do Paraná e uma do Rio Grande do Sul. O processo incluiu reuniões com professores, alunos, funcionários, grupo técnico e dirigentes, além de representantes da comunidade e da rede de saúde local. A emissão do parecer final sobre essas instituições deve acontecer no primeiro trimestre de 2021.
“Os pareceres se basearão na análise dos relatórios de visita, com a emissão de indicadores de suficiência e insuficiência. Ao final, cada curso receberá um parecer, que pode ser: curso de Medicina ‘acreditado’, ‘acreditado com ressalvas’ e ‘não acreditado’”, explica a secretária executiva do Saeme, Patricia Tempski.
Em cada escola foram avaliadas cinco grandes áreas ou domínios: gestão educacional, programa educacional, corpo docente, discentes e ambiente educacional.
“Cumpridas todas as etapas, essas instituições apresentaram suas evidências, que são comprovadas pelos avaliadores e posteriormente pela comissão de acreditação.
O processo de acreditação do Saeme é pautado no diálogo e na busca pela qualidade, a partir da identificação do perfil de forças e fraquezas de cada instituição”, explicou Tempski. O processo de avaliação do Saeme compreende uma etapa de preenchimento on-line de um questionário, seguida de análise destes dados e visita ao curso de medicina por uma equipe composta por quatro avaliadores.
O resultado dessa avaliação é encaminhado para uma Comissão de Acreditação, que elabora e encaminha para a escola médica um relatório pormenorizado. A escola pode recorrer da decisão ao Conselho Superior do Saeme.
O CFM tem viabilizado este processo, e a inscrição das escolas, até o momento, é gratuita. Ao todo, 73 escolas médicas se inscreveram no Saeme, e 36 delas já concluíram o processo. Saiba mais e participe acessando: saeme.org.br.