A Casa do Médico Brasileiro está em novo endereço. Depois de mais de dez anos de planejamento e trabalho, o Conselho Federal de Medicina (CFM) construiu uma nova sede que foi inaugurada no dia 27 de setembro. A Autarquia, que funcionava, desde 1994, em um prédio na 915 Sul, em Brasília (DF), se muda agora para um terreno maior, na 616 Sul, onde foram erguidas instalações modernas, amplas e com modernos recursos de tecnologia.
O objetivo foi criar um ambiente dotado de infraestrutura adequada para atender a demanda dos médicos e da população. O novo prédio, que tem 10 mil metros quadrados de área útil e 7,5 mil metros quadrados de área construída, oferece condições para que os conselheiros federais e os funcionários possam desenvolver suas atividades e projetos em diferentes áreas: administrativa, comunicação, jurídica, normativa, tecnologia e fiscalização, entre outras.
Sustentáveis – A sede atende recomendações técnicas ambientalmente sustentáveis, como instalação de placas fotovoltaicas (para captação de energia solar) e reaproveitamento da água da chuva. A racionalidade aparece também no uso de recursos, o que surge na aprovação de todas as suas etapas, sem ressalvas, pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As despesas foram assumidas pela autarquia com base em recursos economizados ao longo dos anos. Graças a esse exercício financeiro, a inauguração acontece sem que a obra esteja com pendências.
O prédio conta com uma estrutura ampla e segura, com espaços modernos e com recursos de ponta. “A sede que nos abrigou por 30 anos não tinha mais condições de comportar nosso funcionamento, prejudicando o trabalho de nossas câmaras técnicas e comissões, assim como de nossas reuniões plenárias. Após vários estudos, concluímos que o melhor seria a construção de um novo prédio”, resumiu o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
Médicos – Para o tesoureiro do CFM, Mauro Ribeiro, a nova estrutura responde a uma necessidade da autarquia, que, nos últimos anos, viu crescer em quase três vezes o número de médicos inscritos. “Em 1994, o Brasil contava com 218 mil médicos. Hoje, somos 572 mil. É natural que esse crescimento traga um aumento também nas demandas administrativas e nas áreas judicante e de fiscalização”, enumerou.
No total, a sede passa a contar com várias salas administrativas, auditórios e outras funcionalidades estruturais. Esses espaços estão aptos a abrir as ações das câmaras técnicas e comissões, fóruns e de dar suporte ao desenvolvimento de iniciativas, como a plataforma Prescrição Eletrônica CFM, o Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme) e o Programa de Doutorado em Bioética, mantido em parceria com a Universidade do Porto, em Portugal.
Para Alexandre Menezes, vice corregedor do CFM e responsável pela Comissão de Obras, que acompanhou a execução do projeto, a nova sede vai contribuir para o aumento da produtividade da autarquia ao oferecer instalações mais adequadas a conselheiros e servidores na execução de suas funções. “Os grandes beneficiados serão os médicos”, disse.