O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou, por meio de sua câmara técnica temática, o II Fórum Virtual de Clínica Médica. O evento foi realizado nos dias 03 e 04 de outubro, exclusivamente, no modo on-line. Sob a coordenação de Carlos Magno Pretti Dalapicola, conselheiro federal pelo estado do Espírito Santo, coordenador da Câmara Técnica de Clínica Médica, a programação propôs debates importantes para a valorização da especialidade. A íntegra das palestras você pode conferir no canal do CFM no YouTube, clicando aqui.
A primeira mesa tratou da “Valorização do Clínico no Mercado de Trabalho”. O palestrante Daniel Franci – Membro da Câmara Técnica de Clínica Médica do CFM – apresentou conceitos e cenários. Esclarecendo, por exemplo, a importância de sempre diferenciar o especialista em Clínica Médica do médico generalista. “O clínico tem papel fundamental na integração dos níveis de assistência. A gente poupa o atendimento multifocal em especialidades e foca na pessoa”, afirmou.
Na sequência, teve a palavra o Deputado Federal Luiz Ovando: “A constituição não é para estabelecer salário, salário é conquista. Mas não podemos fechar os olhos e é bom que se tenha uma referência. É importante pensar junto ao Congresso Nacional para entender como o Conselho Federal de Medicina, por meio de sua câmara técnica, pode contribuir no debate e nas ações pela valorização da Clínica Médica”.
Milton Arruda, membro da câmara técnica, falou sobre a atuação do especialista em Clínica Médica no ensino de graduação: “Com a expansão dos cursos de medicina, criou-se um espaço grande para os professores dos cursos de medicina, mas falta clínico médico para dar aula com visão ampla. Lembrando que não basta ser um médico excepcional, o bom clínico precisa de formação pedagógica para ser um bom professor”.
Carla Araújo, palestrante convidada de Portugal, compartilhou sua “Experiência na formação do médico internista em Portugal”, área correlata à Clínica Médica no Brasil. A fala da médica despertou interesse dos participantes e gerou rico debate. Como mensagem final, foco em três pontos fundamentais para uma boa formação: Definir competências do coordenador de formação; desenvolver e promover essas competências; e, por fim, desenvolver indicadores avaliativos e monitorar resultados.
A programação do primeiro dia de fórum foi encerrada com a palestra sobre “Formação de preceptores para residência em Clínica Médica de acordo com a ABEM – Associação Brasileira de Ensino Médico”, conduzida por Sérgio Botti. “O médico é um tradutor das dores do paciente. Ele precisa entender a linguagem própria de cada pessoa e os sinais e sintomas complementares para buscar respostas na ciência e apresentar um diagnóstico com linguagem científica. Isso só é feito com capacidade de observação somada a muito conhecimento”, pontua.
O segundo dia de evento colocou em pauta a “Ética dos médicos nas redes sociais e a nova resolução do CFM”. Com a palavra, Emmanuel Fortes – Conselheiro Federal do Conselho Federal de Medicina: “A resolução é fruto de muito estudo. Começamos a constatar que uma série de situações precisavam ser reformuladas para colocar a medicina no mercado sem ferir princípios da medicina. As questões foram muito discutidas preliminarmente e, há 3 anos, ganhou forma. Essa resolução traz regras muito claras e entrará em vigor em março de 2024”.
Em seguida, José Alejandro Bullón – coordenador jurídico do CFM – falou sobre “Ato Médico: a invasão do ato médico por outros profissionais de saúde”. Ele pontuou o que o CFM e CRMs têm feito em relação aos processos de invasão do ato médico e enfatizou: “Para que possamos defender o Ato Médico, temos que entender de onde vem a proteção do Ato Médico. Nós temos a lei do nosso lado. O apelo é que nós precisamos criar uma consciência melhor e a repetição é o segredo para o entendimento”.
A segunda mesa redonda do dia colocou em pauta os “Novos medicamentos na prática clínica”. Após serem apresentados os cenários das patologias, Dhiãnah Santini falou sobre a evolução dos medicamentos para obesidade, Fabiana Marcondes apresentou as novidades em tratamentos para Insuficiência cardíaca e a abordagem atual da nefropatia diabética ficou a cargo de Eduardo Rocha.
O CFM reitera que as 8 horas de palestras foram gravadas e podem ser conferidas no canal da autarquia no YouTube, clicando aqui.