O crescimento acelerado do número de escolas médicas e de vagas na última década levou a um aumento sem precedentes no número de médicos e de sua densidade por grupo de mil habitantes no Brasil. Mantendo-se o mesmo ritmo de crescimento da população e de escolas médicas, dentro de cinco anos, em 2028, o País contará com 3,63 médicos por mil habitantes, índice que supera a densidade médica registrada, por exemplo, na média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).

Para ter acesso à Demografia Médica 2023 do CFM, acesse aqui.

Esta é mais uma das importantes conclusões que pode retirada a partir da análise das informações da plataforma Demografia Médica no Brasil 2023, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) lança nesta segunda-feira (6). Trata-se de uma ferramenta dinâmica, intuitiva e on-line que possibilita aos seus usuários conhecer os números mais recentes sobre a distribuição e o perfil da força de trabalho médica no País. A versão disponibiliza apresenta dados de 31 de dezembro de 2022. Em seis meses, uma nova carga deve ser implementada.

OCDE – Segundo os registros dos Conselhos de Medicina, o número de profissionais mais que dobrou nos últimos 20 anos, passando aproximadamente 200 mil em 2000 para um contingente de 546 mil ao final de 2022. Com isso, a razão de médicos por mil habitantes ficou em 2,56. Dados do relatório OCDE 2021 Health at a Glance, divulgado recentemente, confirmam que o Brasil teve uma das maiores taxas de crescimento na densidade de médicos por habitantes no período.

O atual índice brasileiro já é compatível com os de países como Estados Unidos, que tem 2,6 médicos por mil habitantes, Canadá (2,7) e Chile (2,2). Também está bem próximo dos valores do Japão (2,5), Coreia do Sul (2,5). O percentual brasileiro é maior do que o registrado, por exemplo, na China (2), na África do Sul (0,8) e na Índia (0,8).

Longevidade – Com o incremento esperado, em cinco anos, o Brasil ultrapassará a razão encontrada atualmente na Nova Zelândia (3,4), Irlanda (3,3), Israel (3,3), Finlândia (3,2), França (3,2), Bélgica (3,2) e Reino Unido (3,0). “O País nunca teve tantos médicos em atividade. Isso ocorreu por uma combinação de fatores: mantém-se forte a taxa de crescimento do número de profissionais, há consistente aumento de novos registros, mais entradas do que saídas de profissionais do mercado de trabalho e um perfil jovem (com baixa média de idade) e maior longevidade profissional”, destacou o presidente do CFM, José Hiran Gallo.

Desde 2010, por exemplo, a população brasileira passou de 190,7 milhões para 214 milhões. Se em 2010 a proporção de médicos por mil habitantes era de 1,76, hoje essa densidade é de 2,56. “A perspectiva é de um aumento cada vez mais acelerado. Enquanto a taxa de crescimento populacional reduz sua velocidade, a abertura de escolas médicas e de vagas em cursos já existentes vive um boom. Dede 2010, foram abertas mais de 200 escolas e quase 20 mil novas vagas nestes cursos”, ressaltou José Hiran Gallo.

Segundo o CFM, também contribui para o crescimento do número de médicos a diferença entre os médicos que entram e aqueles que saem, resultando em um crescimento natural do contingente de profissionais, ao qual se agregam cerca de 28 mil novos médicos a cada ano. Em 2010, por exemplo, 18,8 mil novos profissionais entraram para o mercado e 6 mil saíram, com saldo de crescimento em torno de 12,6 mil. Como os médicos têm uma vida profissional longa – cerca de 43 anos –, alguns estudos já estimam que o Brasil deve alcançar quase 837 mil médicos em cinco anos.

Perfil – A Demografia Médica do CFM, que agora está disponível em formato totalmente on-line, permite que sejam obtidas diversas informações quase em tempo real sobre a força de trabalho da medicina no Brasil. A plataforma mostra que os homens ainda representam 51% do contingente ativo (277,8 mill profissionais) e as mulheres 49% (267,7 mil). A evolução dos indicadores mostra a tendência de que, em poucos anos, as mulheres sejam maioria. Em 1990, elas eram apenas 30% da força de trabalho médica, passando para 39,9, em 2010, e chegando, agora, a quase metade.

Pelo diagnóstico do CFM, também é possível ver que a média geral de idade dos médicos em atividade no Brasil vem caindo nos últimos anos. Na Demografia Médica 2015, a média era de 45,7. Agora, está em 44,9. Esse fenômeno é resultado do crescimento do número de cursos e vagas de graduação de Medicina e, consequentemente, da entrada de muitos novos médicos no mercado de trabalho.

Para os homens, a idade média, em 2023, é de 49 anos. Para as mulheres, é de 42,5 anos. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os estados que têm idade média mais alta entre a população médica: 50,3 anos e 47,8 anos, respectivamente. Já os estados com médicos mais jovens são Tocantins e Rondônia, com média de idade de 41 anos.

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