Conselheiros discutem estratégias para ampliar acreditações pelo Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (SAEME) no Paraná e, por meio da formação de médicos mais capacitados, garantir a segurança dos pacientes. A pauta foi discutida na manhã desta quarta-feira, 12, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, quando o conselheiro federal e tesoureiro do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, recebeu o primeiro-secretário do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Fernando Fabiano Castellano Júnior, para tratar de ações estratégicas voltadas à qualificação do ensino médico no Brasil.
O conselheiro federal Mauro reforçou o papel do SAEME como uma ferramenta técnica, imparcial e ética de avaliação das condições institucionais das faculdades de medicina. “A acreditação pelo SAEME não avalia o aluno, mas sim as estruturas pedagógicas, corpo docente, currículo e infraestrutura da escola médica. Isso garante que o ensino médico seja sólido e que os estudantes se formem com condições adequadas para exercer a profissão”, disse.
Durante a reunião, o conselheiro Castellano destacou o interesse do CRM-PR em ampliar o número de instituições de ensino superior acreditadas no estado. Atualmente, três universidades paranaenses já possuem o selo de acreditação do SAEME, e o objetivo é expandir esse número para as 23 escolas médicas em atividade no Paraná. “Queremos incentivar as instituições a buscarem esse reconhecimento, como uma forma de aprimorar a formação médica e assegurar à sociedade profissionais bem preparados”, afirmou.
A proposta discutida prevê a realização, ainda neste ano, de um encontro regional no Paraná, reunindo coordenadores e diretores de cursos de medicina para uma apresentação institucional sobre o SAEME e seus critérios de avaliação. A expectativa é motivar a adesão das faculdades ainda não acreditadas, inclusive aquelas com maiores deficiências estruturais. “O CFM oferece apoio técnico e acompanhamento para que essas instituições possam se adequar. E todo esse processo é oferecido gratuitamente”, destacou o tesoureiro.
Ao final do encontro, os conselheiros destacaram a importância de ações colaborativas entre o CFM, os Conselhos Regionais e as universidades para a construção de uma medicina mais forte, ética e qualificada. Médicos bem formados representam um sistema de saúde mais eficiente, seguro e acessível para todos.