Profissionais especializados no cuidado de pacientes graves durante seus momentos de maior gravidade, independentemente da especialidade médica a que pertençam, os médicos intensivistas foram homenageados pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29). O 2º secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Estevam Rivello, participou da sessão solene solicitada pelos deputados Julio Arcoverde (PP-PI) e Doutor Luizinho (PP-RJ). Dr. Luiz Ovando (PP-MS) também compôs a mesa junto com outros representantes da administração pública e de entidades médicas, como a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
O conselheiro federal do CFM parabenizou os profissionais da área e ressaltou a importância dos parlamentares no Congresso Nacional observarem que é necessário investir mais em saúde pública, principalmente nessa especialidade. Segundo ele, o Brasil perdeu muitos leitos de terapia intensiva e, com a pandemia, houve necessidade de implantar novos leitos para atender a demanda.
“Hoje, entre dez pacientes que são internados no leito de terapia intensiva, nove recebem alta. E isso é o que dá dignidade na assistência de uma especialidade tão importante. Portanto, eu vejo esse evento aqui na Câmara como um evento necessário, porque estamos tratando do doente mais crítico, não que os outros não sejam, mas que é uma especialidade que exige muito da capacidade do profissional”, declarou Rivello.
Ele ressaltou que o quantitativo de médicos intensivistas no País hoje é suficiente para atender a população brasileira e lembrou que, como a população não se divide de forma harmônica no território nacional, há uma maior concentração dos profissionais onde existe maior número de pessoas. “A grande parte da população está na margem litorânea e pouco se concentra no interior do Brasil profundo. E também devemos levar em consideração que nem todas as cidades do Brasil têm a expertise ou possuem a capacidade de ter um leito de terapia intensiva que, muitas vezes, se concentram nas capitais, em regiões metropolitanas ou cidades de maior suporte”, observou.
Para o conselheiro, o país tem uma sociedade de especialidade na área que defende a medicina e os especialistas, a Amib, e o Conselho Federal de Medicina trabalha sempre para implantar resoluções que defendam o exercício profissional justo e ético “para essa especialidade tão importante no Brasil”.