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O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (6), de audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados que debateu a Linha de Cuidado ao Trauma no Brasil, abordando o tema “Trauma – uma doença negligenciada”. A iniciativa integra a programação do Maio Amarelo e reuniu especialistas e representantes de entidades médicas, instituições públicas e do Poder Legislativo.

O CFM foi representado pelo conselheiro federal Antonio Edson Souza Meira Júnior, coordenador da Câmara Técnica de Medicina do Tráfego do CFM com RQE nesta especialidade. Ele destacou a gravidade do trauma como problema de saúde pública no Brasil e reforçou o compromisso da Autarquia na construção de políticas públicas que salvem vidas: “O CFM, como Autarquia Federal comprometida com a saúde da população, mantém diversas Câmaras Técnicas que atuam na interseção entre saúde e trânsito, com destaque para a Câmara Técnica de Medicina do Tráfego”.

“A maioria dessas tragédias é passível de prevenção. Devemos batalhar para evitar os sinistros e, quando não for possível, mitigar suas consequências com equipes médicas qualificadas e atuação especializada”, afirmou o conselheiro.

Durante sua fala, Meira Júnior ressaltou que o atendimento às vítimas exige estrutura hospitalar adequada, com leitos de UTI e especialistas como cirurgiões, ortopedistas, neurocirurgiões e intensivistas. Ele também alertou para a sobrecarga dos serviços de saúde e o impacto econômico e social das internações prolongadas.

“Cerca de 41% dos hospitalizados são jovens entre 20 e 39 anos, ou seja, em plena idade produtiva. Além das perdas humanas, há um custo expressivo ao sistema público de saúde e à Previdência Social”, destacou.

O conselheiro apresentou ainda dados preocupantes sobre os sinistros de trânsito: nos últimos dez anos, 1,4 milhão de internações foram registradas, gerando R$ 3,8 bilhões em despesas diretas para o SUS. Em 2023, 34.810 homens morreram em sinistros de trânsito, superando o número de mortes por armas de fogo no país.

Meira Júnior reforçou que o CFM está à disposição para colaborar com propostas técnicas e pareceres, por meio de suas Câmaras Técnicas e comissões, com o objetivo de fortalecer a prevenção e o atendimento às vítimas.

“É preciso priorizar ações que envolvam educação, fiscalização, infraestrutura e campanhas permanentes de conscientização. O Conselho Federal de Medicina está comprometido com essa causa e continuará trabalhando pela preservação da vida e da dignidade humana”, concluiu.

A audiência foi conduzida pelo deputado federal Dr. Ismael Alexandrino (PSD/GO) e contou com a participação de representantes da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Hospital de Base do DF, Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT), Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria Nacional de Trânsito, Ministério da Saúde e outras instituições ligadas à segurança no trânsito e à saúde pública.

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