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Conselho Federal de Medicina

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Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (14), no Senado Federal, o Conselho Federal de Medicina (CFM) destacou a importância da conscientização, diagnóstico e tratamento especializado das doenças cardiovasculares em mulheres. A conselheira federal pelo estado do Paraná, Viviana Lemke, representou a autarquia no debate, que celebrou o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher.

“Mulheres também infartam”. Com essa frase, a diretora do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Viviana Lemke, alertou para algo que pode parecer óbvio, mas que muitas vezes não é lembrado. De acordo com a especialista, a mortalidade das mulheres é o dobro da registrada nos homens em caso de infarto agudo do miocárdio, o músculo do coração.

Um dos fatores para que isso ocorra é o tempo de isquemia, ou seja, de falta de oxigênio no músculo do coração, que geralmente é mais longo em mulheres. A médica explica que, além de demorar mais para procurar o atendimento, as mulheres apresentam sintomas diferentes dos apresentados nos homens. O que pode atrasar o diagnóstico.

“A mulher não valoriza o seu sintoma e às vezes não era só uma dorzinha, era um infarto. As mulheres pensam em agradar todo mundo. Elas primeiro cuidam do filho, da mãe, elas sempre estão à frente dos cuidados dos outros. Mas a gente não pode esquecer: o coração da mulher precisa de cuidados”, lembrou Viviana Lemke.

O CFM considera o tema uma prioridade de saúde pública e defende políticas que integrem esforços das instituições médicas, do poder público e da sociedade para enfrentar o crescente número de mortes por doenças do aparelho circulatório no país — que já representam mais de um terço do total de óbitos no Brasil.

Além de Viviana, participaram como expositores o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga; a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que presidiu a sessão; a médica e ex-deputada Mariana Carvalho; e especialistas como Gláucia Moraes, Fernanda Mangione e Alexandra Mesquita. Os temas discutidos incluíram políticas públicas no SUS, impacto da saúde suplementar, sintomas subdiagnosticados e desafios na formação médica.

A audiência foi promovida pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos (CDH).

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