O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, na quinta-feira (20), da 1ª Reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Influenza Aviária (GT-IA), vinculado ao Comitê Técnico Interinstitucional do Uma Só Saúde (UmaSS). O encontro teve como foco o fortalecimento das ações de vigilância, controle e mitigação dos riscos relacionados à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), cuja disseminação global tem preocupado autoridades sanitárias em razão dos impactos sobre a saúde pública.
Representando o CFM, esteve presente o conselheiro federal pelo estado de Pernambuco, Eduardo Jorge da Fonseca Lima. Pesquisador com experiência na área de vacinas há anos, Eduardo Jorge contribuiu para o debate, reforçando a importância da integração entre os diversos setores envolvidos no monitoramento e na resposta a potenciais casos da doença em humanos.
“Embora os casos em humanos sejam raros, a taxa de mortalidade entre os infectados é alta. Além disso, a capacidade do vírus de se espalhar entre aves e, em algumas circunstâncias, entre mamíferos, aumenta o risco de uma eventual transmissão maior para humanos. A atuação do CFM junto aos ministérios e outras instituições é fundamental para o desenvolvimento de protocolos de emergência, capacitação de profissionais e conscientização da população. A vigilância contínua e o monitoramento são igualmente essenciais para prevenir que surtos de gripe aviária se tornem uma crise de saúde pública”, afirmou o conselheiro.
A formação do GT-IA tem a proposta de articular ações coordenadas entre órgãos governamentais, instituições científicas e entidades profissionais. O grupo busca elaborar medidas preventivas e protocolos de resposta rápida frente à ameaça da IAAP. Além de afetar aves silvestres e domésticas, foram registrados casos de transmissão de mamíferos e humanos em diferentes países.
O CFM reitera seu compromisso com a promoção da saúde pública e com o enfrentamento dos desafios que ameaçam a segurança sanitária nacional, colaborando ativamente para garantir respostas rápidas e eficientes frente a emergências em saúde. As reuniões organizadas pelo Ministério da Saúde serão quinzenais.