
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) renovam, em 2025, a parceria que há mais de uma década fortalece a campanha Setembro Amarelo, principal movimento nacional de prevenção ao suicídio. Neste ano, o tema escolhido é uma fala direta à população: “Se precisar, peça ajuda!”.
Criada nos Estados Unidos em 1994 e trazida ao Brasil em 2013 pelo presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, a campanha foi abraçada oficialmente pelo CFM no ano seguinte. Desde então, tornou-se referência na conscientização sobre saúde mental, com ações de impacto em todo o país.
“O CFM tem orgulho de somar forças à ABP nessa missão. Falar de saúde mental, acolher quem sofre e orientar para o tratamento correto são passos fundamentais para salvar vidas”, destacou o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo.
Segundo dados oficiais, mais de 15 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no Brasil, enquanto, no mundo, esse número ultrapassa um milhão de casos anuais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o suicídio é uma questão de saúde pública, mas que pode ser prevenido quando fatores de risco são identificados precocemente e as pessoas em sofrimento recebem acolhimento e acompanhamento adequados.
“O Setembro Amarelo é hoje muito mais que uma campanha: é um movimento coletivo de cuidado, informação e empatia. É um convite para que todos nós sejamos parte dessa rede de apoio, capazes de escutar, orientar e incentivar quem precisa”, afirmou o presidente da ABP.
Além das ações educativas, a campanha deste ano reforça o chamado para que a sociedade rompa o silêncio e incentive o pedido de ajuda. Um dos conceitos trabalhados é o Efeito Papageno, inspirado no personagem da ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Papageno, ao pensar em tirar a própria vida, encontra novas possibilidades de viver ao ser amparado por amigos. A metáfora mostra como o acolhimento, seja em uma conversa, nas redes sociais ou na mídia, pode abrir caminhos para alternativas ao suicídio.