Frente às denúncias de escassez de recursos humanos e de precariedade na infraestrutura nos hospitais federais localizados no Rio Janeiro (RJ) que estão prejudicando as condições de trabalho dos médicos e a qualidade da assistência prestada aos pacientes, o Plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) cobrou do poder público ações estruturantes urgentes para melhorar a gestão e a infraestrutura dos estabelecimentos de saúde.
Em vídeo publicado na sexta-feira (11), o presidente da Autarquia, José Hiran Gallo, afirmou que a Autarquia está atenta ao tema e informou que os médicos e a população podem contar com o Conselho na luta por saúde e medicina de qualidade. Para o conselheiro federal efetivo Raphael Câmara, representante do Rio de janeiro, o estado passa por um momento de caos e falta de gestão.
“Lamentavelmente, os hospitais federais estão largados à própria sorte. E quem mais padece com isso é a população. Esses locais servem como formação de médicos e profissionais de saúde, que, durante décadas, formaram profissionais de excelência que hoje atendem em todo o Brasil. O CFM pede seriedade e responsabilidade“, disse.
Desde a semana passada, cerca de 40 servidores decidiram ocupar, em protesto, a sala da diretoria do Hospital Federal de Bonsucesso. Entre os ocupantes estão médicos, enfermeiros e outros profissionais. Além dessa unidade, há ainda cinco outras unidades federais no Rio: Hospital Federal dos Servidores do Estado, Hospital Federal do Andaraí, Hospital Federal Cardoso Fontes, Hospital Federal de Ipanema e Hospital Federal da Lagoa.
Essa rede é considerada essencial para o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro, oferecendo serviços de saúde de alta e média complexidades. Todas as unidades são dotadas de expressiva capacidade instalada de leitos hospitalares e clínicas ambulatoriais, além de integrarem a rede de assistência à saúde local e regional.