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O Conselho Federal de Medicina (CFM) deu início, nesta terça-feira (18), ao I Fórum do CFM e Escolas Médicas, um encontro inédito dedicado ao debate sobre a formação médica no Brasil e os desafios contemporâneos da educação em saúde. Com o tema “O Futuro da Medicina Começa no Ensino: Qualidade e Segurança como Missão do CFM”, o evento se propõe a fortalecer o diálogo entre o CFM, a academia e a comunidade médica, com foco na melhoria da qualidade do atendimento e na segurança do paciente.

 

A conferência de abertura foi proferida pela especialista internacional Andrea Anderson, integrante do Conselho da FSMB – Federation of State Medical Boards, dos Estados Unidos, convidada especialmente para compartilhar a experiência norte-americana em regulação, acreditação e avaliação médica. A sessão foi coordenada pelo conselheiro federal José Eduardo Lutaif Dolci.

 

 

Logo no início de sua exposição, Anderson destacou que a estrutura regulatória dos EUA se baseia no princípio da segregação de funções. “Não é saudável que a mesma instituição que autoriza o funcionamento de uma escola médica seja a responsável por avaliar o seu egresso”, afirmou. “São etapas que exigem independência, supervisão externa e mecanismos que garantam transparência e segurança para o público.”

 

Comparativo – Durante a apresentação, Andrea Anderson também destacou diferenças estruturais entre o modelo norte-americano e o brasileiro. Nos Estados Unidos, a FSMB atua como uma entidade de apoio, orientação e coordenação dos conselhos médicos estaduais, oferecendo diretrizes regulatórias, políticas-modelo, serviços de avaliação, integração de dados de licenciamento e disciplina, além de funcionar como um fórum nacional de colaboração.

 

Já no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) exerce diretamente a autoridade regulatória sobre o exercício profissional, emitindo registros, fiscalizando conduta ética, conduzindo processos disciplinares, estabelecendo normas para residência médica e reconhecimento de especialidades, além de coordenar e orientar os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Essa comparação evidencia diferentes arranjos de governança, mas com objetivos comuns: proteger o paciente e garantir a qualidade da prática médica.

 

Ela explicou que a FSMB apoia 69 medical boards distribuídos pelos estados e territórios norte-americanos — um número superior ao de estados, porque alguns possuem mais de um conselho e outros, como Washington, que é um Distrito, não se vincula diretamente a um estado. “Esses boards atuam de forma independente, mas coordenada. Cada um é responsável por licenciar, investigar e disciplinar médicos dentro de sua jurisdição. E a FSMB fornece suporte técnico, dados, políticas-modelo e padrões para assegurar que todos sigam boas práticas regulatórias”, destacou.

 

 

Acreditação rigorosa das escolas – proteção para alunos, professores e para o público. Ao tratar da formação, Anderson explicou que os Estados Unidos possuem cerca de 190 escolas médicas — “aproximadamente um terço delas são públicas, embora todas cobrem mensalidades ou taxas” — e que todas precisam passar por um processo rigoroso de acreditação.

 

“A acreditação não é apenas uma formalidade. É intensa, detalhada e contínua. E, ao contrário do que muitos imaginam, ela serve também para proteger as próprias instituições. Uma escola com avaliação externa forte está mais protegida de pressões políticas, econômicas ou acadêmicas”, afirmou.

 

Residência  – Outra parte da palestra foi dedicada à formação especializada, na qual Andrea Anderson explicou que a maior parte das vagas de residência nos Estados Unidos é financiada pelo governo federal, criando um importante mecanismo de controle e qualidade. Quando um hospital deseja oferecer mais vagas do que as financiadas, precisa custeá-las integralmente, o que ajuda a manter o número total relativamente estável — embora a procura tenha crescido e tornado o acesso cada vez mais competitivo. Ela destacou ainda que os residentes recebem salário e que os hospitais recebem verbas específicas para apoiar a formação, reforçando que esse investimento estruturado é essencial para garantir a segurança do paciente e a qualidade da prática médica.

 

Competências indispensáveis – Ao longo de sua fala, Andrea Anderson enfatizou a importância de avaliar o médico de forma ampla, indo além do conhecimento técnico. “Nós não queremos apenas profissionais que acertem a resposta em um exame. Precisamos de médicos que saibam comunicar-se, demonstrar empatia, lidar com situações complexas e interagir adequadamente com os pacientes. A medicina é uma profissão que exige responsabilidade moral e social”, afirmou.

 

CFM AO VIVO! 

 

Toda a programação do I Fórum do CFM e Escolas Médicas pode ser acompanhada ao vivo no canal do CFM no YouTube. A conferência de Andrea Anderson está disponível em:

 

https://www.youtube.com/live/B8wzwUIk8FQ?si=291WNcAuFiqRWRa-

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