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O câncer é a primeira causa de morte por doença infanto-juvenil no Brasil, representando 8% do total e mais de 2.200 mortes. É o que indica o levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. As informações são de 2020. Na última década, essa proporção se manteve estável (7% a 8%), variando entre 2.200 e 2.900 óbitos.

Para cada ano do triênio 2020/2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que sejam identificados 8.460 novos casos de câncer entre pessoas de 1 a 19 anos no País.

“O diagnóstico precoce é fundamental no combate ao câncer em crianças e adolescentes. Por isso, pais e médicos, especialmente da Atenção Básica, devem estar atentos às queixas, pois habitualmente se confundem com doenças ou sintomas comuns nessa faixa etária”, afirma Donizetti Giamberardino Filho, pediatra e 1º vice-presidente do CFM.

A leucemia é um dos principais tipos de câncer infantojuvenil, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas. Essa faixa etária também é acometida por neuroblastoma, tumor de Wilms, retinoblastoma, tumor germinativo, osteossarcoma e sarcomas. Considerando as causas de morte na faixa de 1 a 19 anos, as neoplasias são a segunda maior responsável, ficando atrás apenas de causas externas de morbimortalidade, responsável por mais de 54% dos óbitos.

Sinais: queixas das crianças devem ser investigadas

“O exame clínico é um aliado na luta contra o câncer, mesmo que o atendimento se dê por outra causa, pois muitas vezes os sintomas não são claros e podem ser confundidos com infecções ou viroses. Pediatras, médicos de família, clínicos gerais e todos que estão na ponta do atendimento precisam estar aptos a avaliar a criança e o adolescente, pois somente com diagnóstico precoce teremos a redução da mortalidade por câncer infanto-juvenil”, pondera o 1º vice-presidente do CFM, Donizetti Giamberardino.

Não há indícios de que o estilo de vida influencie no desenvolvimento de câncer infantil, reforçando a importância de perceber sinais e sintomas, como palidez, fadiga, hematomas, dor de cabeça persistente, alterações oculares, nódulos, inchaços abdominais, perda de peso e tontura, por exemplo. “Também podem ocorrer alterações genéticas relacionadas à doença”, alerta Florentino Cardoso, coordenador da Câmara Técnica (CT) de Oncologia do CFM.

Dados do INCA indicam que em torno de 80% das crianças e adolescentes podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados de forma adequada.

Prevenção – “O câncer em adultos tem entre importantes causas o estilo de vida. Sendo o tabagismo o maior fator causal individual do câncer, vê-se quão danoso é e quanto perigo há na possibilidade de liberar o cigarro eletrônico no Brasil, dispositivo que chama a atenção dos jovens e cujo uso está relacionado a doenças pulmonares e cardiovasculares”, alerta Florentino.

O cigarro eletrônico, que tem a nicotina entre os componentes, tornou-se o produto do tabaco mais consumido por adolescentes nos Estados Unidos já em 2018, de acordo com a Pesquisa Norte-Americana sobre Tabaco para Jovens (NYTS). “Lutemos para diagnosticar precocemente o câncer e tratar o paciente de maneira adequada. Se pudermos prevenir a doença, melhor ainda”, conclui o coordenador da Câmara Técnica de Oncologia do CFM.

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