A Câmara Técnica de Angiologia e Cirurgia Vascular realizou nesta quarta-feira (6) a primeira reunião do colegiado. Após a apresentação do novo coordenador da Câmara Técnica, que será dirigida pelo cirurgião vascular e conselheiro federal pelo Espírito Santo, Antonio Sanches, os participantes da CT discutiram a proposta do uso da terapia regenerativa para o tratamento de feridas complexas, como as causadas pelo chamado pé diabético.
Na ocasião, o coordenador da residência de cirurgia vascular do hospital Santa Marcelina, Marcelo Calil Burihan e presidente da seção paulista da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), apresentou uma proposta de um estudo multicêntrico, a ser realizado em dez instituições, com o uso do Aspirado de Medula Óssea (BMA), para o tratamento de feridas complexas.
Os participantes realizaram um debate se era necessário um estudo brasileiro para que o procedimento deixe de ser considerado experimental, já que a técnica já é usada de forma controlada nos Estados Unidos e na Europa com resultados satisfatórios.
O uso do BMA, que faz parte do arsenal de Medicina Regenerativa, foi tema do I Fórum da Câmara Técnica de Angiologia e Cirurgia Vascular do CFM, realizado no ano passado. Clique AQUI e acompanhe o que foi debatido no Fórum.
O coordenador da Câmara Técnica, Antonio Sanches, agradeceu as contribuições dos participantes e ressaltou a necessidade de que o colegiado elabore uma proposta de parecer sobre o uso da medicina regenerativa. “Precisamos de uma argumentação robusta”, argumentou.
“É necessário uma evidência científica crível e um consenso das sociedades de especialidade envolvidas para que o CFM deixe de considerar um tratamento como experimental”, complementou o 2º tesoureiro do CFM, Carlos Magno Dallapicola. Ficou decidido que será realizada uma reunião conjunta entre as Câmaras Técnicas de Ortopedia, Neurocirurgia, Hematologia, que também fazem uso da medicina generativa, e a CT de Angiologia e Cirurgia Vascular para debaterem o uso do procedimento.
Durante a reunião, o colegiado também debateu respostas para alguns questionamentos enviados ao CFM e a situação advinda da divisão entre angiologia e cirurgia vascular, que até 2023 eram consideradas uma única especialidade.
Participaram da reunião os cirurgiões vasculares: Janio Rolim, Marco Teixeira, Alexandre Fiorini, Gutemberg Gurgel, Marcelo Calil Burihan, Eliud Duarte Júnior, Guilherme Pitta, Leandro Werner e Carlos Magno Dalapicola.