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Annelise: total de casos cresceu durante a pandemia de covid-19

No mês em que se celebra o Dia Mundial do Diabetes, a Câmara Técnica de Endocrinologia e Metabologia do Conselho Federal de Medicina CFM chama a atenção para o expressivo aumento de casos dessa doença em todo o mundo e para a necessidade de a população estar atenta.

Segundo o Atlas do Diabetes 2021, da Federação Internacional de Diabetes IDF, em dois anos de pandemia de covid-19, o total de casos da síndrome metabólica em adultos de 20 a 79 anos cresceu 16% De acordo com a entidade, em 2019 havia 463 milhões de pessoas vivendo com o diabetes Em 2021, esse número saltou para 537 milhões Na avaliação da Câmara Técnica, o cenário mostra o diabetes fora de controle.

Em relatório divulgado em 2019, a estimativa da IDF indicava que, em 2030, o mundo teria 578,4 milhões de pessoas com diabetes Em 11 anos, seriam 115,4 milhões de novos casos Porém, nos últimos dois anos essa estimativa já foi superada, pois somente no período houve um aumento de 74 milhões de registros.

 Números – Ao analisar o número mundial de óbitos causados pelo diabetes, essa epidemia se torna ainda mais preocupante. Em 2021, a doença foi responsável por 6,7 milhões de mortes 214 mil somente no Brasil Esse total era 1,5 milhão superior ao de mortes causadas pela covid-19, no mesmo período.

No estudo divulgado, o Brasil estava em quinto lugar no ranking mundial, com 16,8 milhões de diabéticos Nas primeiras posições estavam a China, com 116,4 milhões, a Índia, com 77 milhões, os Estados Unidos, com 31 milhões, e o Paquistão, com 19,4 milhões O relatório da IDF estima que 31,9% dos casos não tenham sido diagnosticados no País.

O diabetes é uma doença silenciosa Muitas vezes o paciente o descobre fazendo exames de rotina. Não é raro chegar ao endocrinologista com uma complicação retinopatia, neuropatia ou insuficiência renal, por exemplo, em decorrência do diabetes não diagnosticado, conta Annelise Mota de Alencar Meneguesso, coordenadora da Câmara Técnica de Endocrinologia do CFM.

População – O aumento significativo nos casos e mortes por diabetes pode ter como causa justamente a pandemia, acredita Annelise Meneguesso. A endocrinologista e conselheira federal pela Paraíba aponta que a covid-19 afugentou a população da prática de atividades físicas, hábito fundamental para a prevenção do diabetes.

“Nós sabemos que o principal tipo de diabetes é o tipo 2, que está associado ao estilo de vida ruim, ao excesso de peso, alimentação inadequada e ao sedentarismo, ressaltou”. Como consequência da crise sanitária, Annelise Meneguesso também acredita que muitos deixaram de ser diagnosticados e, portanto, não iniciaram o tratamento Vimos crescer absurdamente o número de casos Paralelamente a isso, houve o medo da população de procurar os serviços de saúde para fazer os exames anuais de rotina, e deixou-se de diagnosticar muitos casos”, lamenta.

Em razão disso, a coordenadora da Câmara Técnica destaca a importância do rastreio, da medição da glicemia durante os exames de rotina feitos anualmente, principalmente nas pessoas com mais de 45 anos, aconselha Para saber mais, acesse a íntegra do levantamento, disponível no site da IDF ACESSE AQUI.

 

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