A diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) segue avançando no processo de integração com os Conselhos Regionais (CRMs) e, em novembro, foi aos estados da Paraíba (PB) e do Rio Grande do Sul (RS).
A abertura indiscriminada de escolas médicas, a qualificação do ensino, a importância do Registro de Qualificação de Especialista (RQE) e da revalidação de diplomas estrangeiros, além da implantação de projetos de aperfeiçoamento administrativo das entidades, foram os principais temas em pauta.
Em Porto Alegre (RS), a diretoria do CFM participou da cerimônia de inauguração da Casa Administrativa do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), que sediará serviços, como recursos humanos, financeiro e contabilidade.
“O CFM não existe sem os CRMs, não tem funcionalidade. Por isso, é fundamental estarmos alinhados, em harmonia, para trabalhar pela boa prática da medicina, prestando bons serviços aos médicos e à sociedade”, afirmou o presidente do CFM, José Hiran Gallo, na cerimônia.
Carlos Sparta, presidente do Cremers, disse que o objetivo de sua entidade é ampliar a estrutura para atender às demandas da categoria, especialmente diante do crescente número de médicos formados a cada ano. “Seguimos com foco na ética e na educação continuada”, disse.
O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Fernandes, também chamou a atenção para o número de egressos em medicina e para a necessidade de formação qualificada. Hiran Gallo ressaltou que “o CFM defende a autonomia médica, mas também a beneficência e não-maleficência. Esses são princípios dos quais não abrimos mão, sempre em defesa da boa prática e da sociedade”.
No plenário do Cremers, o debate seguiu sobre o número de escolas médicas sem a devida qualificação e fiscalização, além do fim da vigência, em abril de 2023, da moratória do Ministério da Educação (MEC) que limita a criação de escolas e de vagas em medicina.
Em João Pessoa (PB), no encontro com o CRM do estado, o ponto alto dos debates se deteve sobre a preocupação com os rumos da formação médica no País. Falando sobre diplomas médicos obtidos no exterior, Hiran Gallo pontuou: “Não negociamos a exigência de aprovação no Revalida. A defesa desta prova tem como objetivo primordial a qualidade da assistência”.