Uma conferência sobre “relação médico-paciente na perspectiva personalista”, apresentada pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, abriu os trabalhos do I Encontro Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina (I ENCM 2019), realizado nos dia 3, 4 e 5 de abril de 2019, em Recife (PE). O tema contou com uma exposição do médico e professor da Universidade do Brasil, Aníbal Gil Lopes.

“O médico precisa compreender a humanidade do outro, transpondo barreiras e interfaces, tentando compreender como o outro constrói suas felicidades e como lidam com suas dores e inseguranças. Só assim, o profissional vai compreender a realidade do outro, sendo não apenas um técnico que pode ser substituído por um robô, mas sim um médico na sua essência”, explicou o conferencista.

Na sequência, o 2º secretário do CFM, Sidnei Ferreira, coordenou a mesa sobre os novos tempos e a relação médico-paciente, secretariada pela conselheira do Cremepe, Helena Carneiro Leão. Sobre o tema, fizeram exposições o secretário-geral do CFM, Henrique Batista e Silva, e o conselheiro federal pelo Piauí, Leonardo Sérvio Luz.

Propaganda enganosa – As implicações legais da propaganda enganosa na medicina foram apresentadas na sequência pelo desembargador do Distrito Federal, Diaulas Ribeiro. Além do viés jurídico, ele destacou a necessidade de trazer a temática para o meio médico, pois a popularização das redes sociais trouxe formas até então desconhecidas de fazer propaganda. “As redes sociais viabilizaram um tipo de publicidade que nós não conhecíamos. Até pouco tempo os médicos, mas não só eles, passaram a usar publicidade com custos muito baixos – nas redes”.

Segundo Ribeiro, este baixo custo e a facilidade para se fazer publicidade criou a necessidade de aumentar o controle contra abusos, como de divulgação do “antes e depois” de pacientes, ou técnicas inovadoras que não são comprovadas cientificamente.

I ENCM 2019: Participantes debatem avaliação de egressos dos cursos de Medicina

A possibilidade de implantação de um exame de avaliação para os estudantes de medicina e as propostas dos Conselhos de Medicina para a melhoria do ensino médico foram debatidos durante o segundo dia do I ENCM 2019.

A primeira conferência do dia contou com a participação da diretoria de desenvolvimento da Educação em Saúde do Ministério da Educação, Rosana Leite de Melo. Para ela, é preciso criar regras em todos os cursos de graduação, entre eles o de medicina.

Em seguida, o coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, Lúcio Flávio Gonzaga, defendeu que a avaliação dos egressos de medicina seja “formativa, devolutiva e consequente”. Em sua fala, destacou que o caminho não é punir o aluno, mas realizar avaliações seriadas que permitam ao aluno refazer sua trajetória de ensino até que seja considerado apto a exercer a profissão.

O médico criticou ainda a proliferação de escolas médicas e a extinção da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). “Este exame era um sonho de consumo para nós, mas que infelizmente não aconteceu, em função da troca de governo. Esse método pretendia avaliar de forma seriada as habilidades e atitudes do aluno e também era integrada ao Revalida”, pontuou.

Rosana Alves, também integrante da Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina, endossou a importância de se implantar no Brasil um exame aos moldes da Anasem.
Médicos devem ter a autonomia profissional garantida, defendem palestrantes no I ENCM 2019

“O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência”. Partindo dessa premissa, assegurada no Código de Ética Médica, os palestrantes conduziram os debates da tarde do segundo dia do I Encontro dos Conselhos de Medicina 2019.

Na visão do coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Donizetti Giamberardino, a autonomia é a capacidade de pensar, decidir e agir, de modo livre e independente. Apesar disso, ele pontuou uma série de condições que impõem limites ao exercício da medicina na rede pública.

Saúde suplementar – Já o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar do CFM (Comsu), Salomão Rodrigues, destacou que a autonomia do médico vem passando por intensas modificações. Entre os principais motivos, segundo ele, estão o progressivo aumento do conhecimento médico ao longo dos anos, o acelerado avanço tecnológico, a instalação da crise financeira e limitações econômicas do Brasil, entre outros.

Como possíveis soluções para superar os desafios existentes no âmbito da saúde suplementar, Rodrigues propõe que sejam organizadas comissões de honorários médicos em todos os estados, que haja uma participação política mais efetiva da classe, que as associações de especialidades sejam atuantes e habituadas a negociar com as operadoras de planos de saúde e que as denúncias de possíveis infrações éticas sejam levadas aos Conselhos de Medicina.

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