Escrito por Antonio Carlos Lopes*


O funcionamento do organismo feminino e sua saúde vêm mudando muito nas últimas décadas. Não é possível determinar um único motivo para este fenômeno, mas podemos tomar por base a manifestação ocorrida em 7 de setembro de 1968, em frente ao Concurso de Miss América, nos Estados Unidos, com a famosa queima de sutiãs em prol da libertação feminina. O movimento, que já ganhava espaço na mídia, foi impulsionado e conquistou adeptas em todo o mundo. Até hoje, elas lutam por igualdade de direitos e obrigações.

Coincidentemente, no Brasil, naquele mesmo dia comemorávamos o Dia da Independência. E assim a mulher é hoje: independente em suas atitudes, pensamentos e ideais. Mas com toda essa mudança, também adquiriu os revezes daqueles que vivem sob pressão, à mercê de fatores ambientais e sociais, imputando riscos e malefícios à sua saúde.

Recentemente uma pesquisa apontou que, na capital paulista, a poluição do ar equivale a fumar dois cigarros ao dia. No grupo dos inimigos da saúde, destaque também para a falta de tempo, a alimentação desregrada, o sedentarismo, o estresse, o abuso do álcool, entre muitos outros hábitos nocivos incorporados rapidamente do pelo gênero feminino, descuidos até há pouco exclusivamente masculinos.

O novo perfil da mulher tem trazido doenças que até pouco tempo atrás eram quase que exclusivas do sexo masculino, como por exemplo a doença arterial coronária.

Na ânsia de alcançar a igualdade entre os sexos, a mulher se transformou, à vista da Medicina, em um indivíduo ainda mais particular. É necessário enxergá-la de maneira diferenciada, levando em conta suas particularidades, fragilidades e suas necessidades. Em conseqüência de sua anatomia, há doenças exclusivas do sexo feminino, como o câncer de colo de útero ou a endometriose, e cuidados e intercorrências durante a gravidez, parto e pós-parto.

Há também os problemas que, embora incidam nos homens, são mais predominantes na mulher, como o câncer de mama, osteoporose, depressão, esclerose múltipla, artrite reumatóide e muitas outros.

Sob essa realidade, é essencial a proposta de atenção à saúde integral da mulher, que, com base nesta ampla gama de necessidades, busca tratamento e redução da incidência de todos estes males. A mulher é um ser especial e precisa ser olhada como tal. Precisa voltar às suas origens, ou ao que existe de saudável e salutar nela, e recuperar tempo para cuidar de si e reduzir o ritmo.

É fundamental que ela encontre espaço em sua agenda para consultar o médico regularmente, estar atenta a qualquer alteração em seu corpo, sinais de que alguma coisa não vai bem, e praticar exercícios físicos regularmente, assim manter sob controle as taxas de colesterol e a hipertensão arterial. Precisa, enfim, se tornar prioridade de vez em quando, e se posicionar à frente da casa, do trabalho, e também do marido e dos filhos, para voltar a cuidar de si, como fazia antigamente.

 

* É presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM).


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