Escrito por Fernando Weber Matos*
 
 
 ‘Nunca antes na história deste País’ – para usar uma das tantas fanfarronices do ex-presidente Lula, o mesmo que ousou afirmar que a saúde pública brasileira estava se aproximando da excelência – os médicos brasileiros foram tão afrontados e ofendidos como neste ano, que está se esvaindo como a energia e a esperança de milhares de pacientes que padecem nas filas do SUS esperando por atendimento, exames e cirurgias.
Acusados de rejeitarem trabalhos nos pontos mais distantes e na periferia das grandes cidades, os médicos foram jogados no olho do furacão por um governo acuado diante das manifestações que sacudiram o País no meio do ano, cobrando combate efetivo à corrupção e clamando por mais hospitais e menos estádios de futebol.
De repente, os 400 mil médicos formados em cursos de medicina brasileiros, chancelados pelo Ministério da Educação, foram considerados insuficientes para suprir a demanda da população, em especial a mais carente. Se lá atrás, quando o Cremers e outras entidades do setor sugeriram a criação de um plano de carreira médica no SUS, a proposta tivesse sido considerada e, principalmente, implementada, não haveria a necessidade de importar médicos.
 
Hoje, os postos de saúde das periferias mais humildes e dos municípios mais longínquos teriam não apenas médicos, mas uma estrutura mínima realmente eficaz para acolher e tratar os pacientes de forma digna. O governo teria um quadro fixo de médicos concursados, realmente qualificados e preparados, distribuídos por todo o País, sem a necessidade de importar profissionais de formação bastante duvidosa, já que não lhes é exigida a revalidação do diploma.
 
Por mais que os gestores da saúde queiram responsabilizar os médicos pelas mazelas da saúde, os fatos comprovam que pirotecnia não resolve a falta de leitos, a superlotação das emergências e, pior de tudo, os enfermos que morrem antes de realizarem os exames necessários.
 
O que conforta a nós, médicos, é que todos sabem –  inclusive os que jogam sobre os ombros da classe médica uma responsabilidade que não é sua –  que na hora da dor, do sofrimento, do desespero, poderão contar com um médico. E, se puderem escolher, pedirão para serem atendidos por um médico com formação no Brasil. É isso que nos fortalece e nos faz acreditar que o ano de 2014 será melhor para a medicina brasileira.
 
 
* É presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers).
 

 
    

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