Escrito por Arnaldo duarte Lourenço*


Será que em 2009 teremos um “Plano de Cargos, Carreira e Salários” efetivamente encaminhado (pelo menos)? Há muito se discute essa questão, assim como também o “Ato Médico”, a “CBHPM”, que, no entanto, não são assuntos para o momento… O objetivo é tecer alguns comentários sobre esse “Plano”. Sabemos na atualidade que praticamente em todas as áreas uma política de remuneração bem estruturada é uma ferramenta riquíssima de apoio à gestão de profissionais, conseguindo fornecer diretrizes, normas e procedimentos a serem adotados pelos hospitais privados e, principalmente, nas gestões de saúde pública, onde a hierarquização é importantíssima para definir a relação vertical entre salários e cargos, que vai ajudar a definir os planos de carreira, direcionando planos de sucessão.

Tenho acompanhado de perto e, embora não tenha cargo no serviço público, como profissional médico acho o tema interessante, inclusive para o setor “privado” da Medicina. Estou certo que o salário, sozinho, não é fonte de motivação e não garante o “comprometimento” com o trabalho ou emprego, sendo, entretanto, a base do processo. A utilização adequada e criteriosa de normas para estabelecer essa hierarquia entre cargos e salários poderá identificar possíveis oportunidades de crescimento dentro da organização e melhorar a “motivação”, para apresentar melhores resultados no trabalho. Para isso acho necessário o planejamento de projeto(s) e sua divulgação para os profissionais envolvidos, a fim, inclusive, de não dar expectativas falsas e não deixar dúvidas.

Li muito sobre o tema e concluo que podemos fazer um “esquema” em poucas etapas. Não que seja fácil, mas pode delinear um horizonte para esse “Plano”.

a) Conhecer os cargos existentes, descrevendo-os, dando informações sobre requisitos, responsabilidades, atividades etc., dos diferentes cargos.

b) Realizar avaliação de cada um deles, a fim de estabelecer hierarquias, levando-se em conta a complexidade do que cada um realiza.

c) Obter informações a respeito de salários de mercado, através de pesquisas, a fim de se definir critérios de remuneração de acordo com região, empresa ou serviço (hospitais particulares e saúde pública).

d). Implantação propriamente dita do “Plano”, que é a estruturação de classes de cargos e faixas salariais. Isso permite que o profissional visualize sua possibilidade de crescimento na carreira, o que é feito de acordo com a pontuação que cada um ou cada cargo recebeu na etapa inicial de avaliação. Com isso se pode identificar quais estão recebendo salários e benefícios justos, de acordo com suas atividades e adotar critérios para corrigir eventuais distorções.

e) Definir a política salarial a ser adotada, com critérios de promoção e distribuição dos profissionais nas faixas salariais dentro da classe, benefícios, bônus, “participação nos lucros e resultados” (por que não?) e planejamento de carreira. Talvez uma equipe de profissionais de Desenvolvimento Organizacional e/ ou RH saiba dizer isso de forma melhor, pois o assunto é complexo.

Colegas, o que não podemos perder é o “foco” em nossa profissão e em nossa carreira – que é cada vez mais aviltada –, pois assistimos a isso com uma passividade de verdadeiros “monges” e desunidos – o que a meu ver é ainda pior. Temos as nossas instituições: CRM, Sindicato e Regional da APM, além de todas a nível estadual e federal. Vamos em frente ou cada vez mais estaremos em pior situação. Não nos esqueçamos que o médico não pode ser o seu “lobo”!

Lutemos unidos e juntos às nossas entidades para ganharmos cada vez mais força e credibilidade!


* É diretor da Associação Paulista de Medicina (APM).


* As opiniões, comentários e abordagens incluidas nos artigos publicados nesta seção são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, o entendimento do Conselho Federal de Medicina (CFM).


 * Os textos para esta seção devem ser enviados para o e-mail imprensa@portalmedico.org.br, acompanhados de uma foto em pose formal, breve currículo do autor com seus dados de contato. Os artigos devem conter de 3000 a 5000 caracteres com espaço e título com, no máximo, 60.


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