Escrito por Jadelson Andrade*

 
24 de junho de 2013, 20h00
 
 
“Importaremos milhares de médicos estrangeiros para atuar no Brasil!” – Dilma Rousseff
 
Uma data e uma expressão para jamais serem esquecidas pela classe médica brasileira!
 
Neste dia e horário, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente da República, Dilma Rousseff, anuncia, dentre outras medidas como resposta as expressivas manifestações de rua, sem precedentes no Brasil, que estaria autorizando a importação de milhares de médicos estrangeiros para atuar nas cidades do interior do país.
 
Jamais uma proposta soou tão despropositada e distante das reais necessidades da população brasileira em relação à atenção à saúde pública quanto a que foi sugerida à presidente para ser incluída no seu pronunciamento!
 
Observando o movimento da juventude brasileira nas ruas em relação à saúde, percebe-se claramente o que foi pedido: o direito a uma assistência à saúde com mais qualidade, estrutura e melhores resultados!
Lamentável que os responsáveis pela aplicação dessas ações não tenham conseguido ouvir e entender a mensagem dos jovens brasileiros e apontar à presidente qual seria o tom correto da sua fala à nação!
No açodamento da tomada de decisões e distante dos reclames das ruas, a presidente da República envia ao congresso nacional, sob orientação dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloísio Mercadante, a Medida Provisória para criar o “Programa Mais Médicos”.
 
A despropositada medida traz no seu bojo dois sérios equívocos: os médicos estrangeiros não realizariam a revalidação do seu diploma no Brasil e o curso de graduação em medicina seria prorrogado por dois anos.
 
Desprezando quem poderia orientá-la na elaboração de um planejamento para criação de um Programa Nacional de Assistência à Saúde Pública no Brasil, a presidente, em mais um ato equivocado, veta o “Projeto de Lei do Ato Médico” que por 11 anos foi amplamente discutido no Congresso e aprovado no Senado.  
 
A resposta veio à altura e intensidade que se fazia necessário: as entidades médicas brasileiras, unidas através de CFM, AMB e FENAM, mobilizaram a categoria médica, foram às ruas manifestar sua indignação e preocupação com as graves consequências que poderiam advir para a saúde da população se o congresso nacional aprovasse a medida impositiva e inconsequente editada pelo governo federal!
As denúncias das entidades médicas evidenciando falta de estrutura e recursos para a assistência à saúde no Brasil se sucederam em todo o país.
 
 
Os conselhos universitários manifestaram a sua reprovação à proposta de modificação do currículo de graduação médica.  
 
Ao congresso nacional é demonstrada a gravidade do que poderia advir caso a medida não venha a ser rejeitada!  
 
A luta continua!
 
Até que se retome o caminho do bom senso e da responsabilidade para com a saúde da população brasileira!
 
Até que se resgate o respeito ao médico brasileiro, proporcionando-lhe condições dignas de trabalho!
 
 
* É presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
 
 
 

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