Escrito por Herbert Marçal*

Defronte da grande saga de ser médico na atualidade, deparamos com situações de difíceis saídas. São impostas condições para atendimento de pacientes que desagradam ao profissional e ao enfermo. Igualmente, ambos saem prejudicados. O valor da consulta médica pelos planos de saúde e pelo sistema único de saúde é aviltante. Para que o médico tenha um salário digno, até para sua sobrevivência, torna-se necessário que este atenda a um grande volume de pacientes diariamente. Assim, o profissional e o paciente quebram uma aliança terapêutica que deveria existir para sucesso do tratamento do paciente e valorização do médico. Em seguida a esse processo, a desvalorização da consulta médica e do próprio profissional é inevitável, sobejando a este, um sentimento de malogro, de dever não cumprido. Sobretudo, o que era para ser um procedimento soberbo, nobre, altruísta, por conta de injunções de planos de saúde, passa a ser quase sempre um ato vilipendiado pelo paciente. Como se não bastasse o estorvo da profissão, ainda, temos a mídia e a opinião pública que são implacáveis com os nossos insucessos profissionais. E, com efeito, todas as interpretações mecanicista e isolada presumem em julgar que o sucesso terapêutico jamais poderá deixar de existir mesmo diante de complicações inerentes a qualquer procedimento médico.

Destarte, os mais ferrenhos gestores, oponentes da medicina, dos que procuram depreciar o funcionamento ingênito da consulta médica, arrimado em um modelo de um sistema de determinações mecânicas, num dado momento, irão se deparar com condutas paradoxais, duvidosas, mórbidas e até mesmo letais para com o enfermo.

Não obstante a parafernália propedêutica e terapêutica, nós médicos, necessitamos de ouvir, escutar, entrevistar, auscultar, palpar, tocar, do conhecimento acadêmico para que possamos associar a fisiologia e, ou a fisiopatologia de vários órgãos à queixa do paciente e, só depois tratar. Essa epopéia de procedimentos cabe a apenas um profissional, que usa sua sensibilidade, seu tato, seu sentido inventivo, seus sentimentos, suas emoções: O Médico.

Portanto, em total oposição a opiniões tecnocratas, para mim, a medicina é uma arte. Uma grande arte.

* É médico ginecologista e obstetra.

* As opiniões, comentários e abordagens incluidas nos artigos publicados nesta seção são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, o entendimento do Conselho Federal de Medicina (CFM).


 * Os textos para esta seção devem ser enviados para o e-mail imprensa@portalmedico.org.br, acompanhados de uma foto em pose formal, breve currículo do autor com seus dados de contato. Os artigos devem conter de 3000 a 5000 caracteres com espaço e título com, no máximo, 60.


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