Lideranças médicas, gestores públicos e senadores destacaram, em sessão especial comemorativa do Dia do Médico, nesta segunda-feira (31), o papel da categoria, lembrando, em especial, o esforço no enfrentamento da covid-19. Durante a cerimônia, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, prestou homenagem aos mais de 550 mil médicos em atividade no País e cobrou melhores condições de trabalho e valorização dos profissionais. A sessão especial foi realizada a pedido do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que também presidiu a cerimônia.
“Ser médico é mais do que uma profissão. É uma missão, um compromisso para o resto da vida. É deixar de lado, na maioria das vezes, o conforto do seu lar para passar horas em plantão”, destacou Hiran Gallo, ao desejar que os médicos se mantenham unidos para preservar sua vocação médica, uma síntese de técnica, conhecimento e arte.
Segundo ele, “independentemente das circunstâncias, nós médicos conservaremos imaculada nossa vida e nossa arte. Vamos continuar empenhando o máximo de nosso tempo, conhecimento e dedicação para curar quando possível, aliviar quando necessário e consolar sempre os nossos pacientes”.
Durante o evento, o presidente do CFM também cobrou melhores condições de trabalho para os médicos. “Hoje, aqui no Senado Federal, quero aproveitar o espaço e a oportunidade para lançar diante dos senhores e senhoras parlamentares algumas das medidas que nossa categoria espera para que a medicina, os médicos e os pacientes tenham um futuro melhor”.
Além do fortalecimento do financiamento, gestão e controle do Sistema Único de Saúde (SUS), Gallo defendeu a implementação de programa de alocação e fixação de médicos com diplomas reconhecidos no País e detentores de CRM; a manutenção do Revalida como a única forma de acesso dos portadores de diplomas de medicina obtidos no exterior ao registro nos Conselhos; renovação da moratória que suspende a abertura de novos vagas e cursos de medicina; respeito às prerrogativas do Ato Médico; entre outros pontos.
Homenagens – O senador Izalci Lucas destacou que ser médico é uma escolha que implica muitas renúncias pessoais. “Os médicos dedicam vários anos de estudos para a sua formação e estão sempre se atualizando profissionalmente. Além disso, eles aprendem que o sofrimento é parte da existência humana”, disse o parlamentar, que também prestou homenagem aos que morreram durante a pandemia do coronavírus.
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que é médico, lembrou que, na próxima legislatura, o Senado terá oito médicos no exercício de mandato. Ele afirmou o compromisso da Casa em buscar o aperfeiçoamento das pautas de saúde no País. Já o senador Guaracy Silveira (PP-TO) homenageou os médicos que deram a vida em prol da humanidade e os que contribuíram com o avanço da ciência.
Marcela Augusta Montandon Gonçalves, presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, apontou problemas de financiamento e de estrutura nos serviços de saúde, mas enalteceu a “entrega pessoal” que caracteriza a profissão. “Mesmo com todas as dificuldades, quando nós médicos conseguimos recuperar a saúde das pessoas, percebemos que escolhemos a profissão certa e nos alegramos da nossa jornada. Graças a essa dedicação constante, muitas vidas são salvas e muitas dores são curadas”.
Participaram também da sessão a diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde, Marta David de Moura; a Diretora do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, Adenalva de Souza Beck; o presidente do sindicato dos médicos do Distrito Federal e da Federação Nacional dos Médicos, Gutemberg Fialho; além do superintendente da região Leste da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Sidney Sotero Mendonça.
Foram homenageados na sessão o oftalmologista Rodolfo Alves Paulo de Souza, o psiquiatra Ulysses Rodrigues de Castro, a endocrinologista Raquel Medeiros, a obstetra Danielle do Brasil de Figueiredo, o infectologista Paulo Giovanni Pinheiro Cortez, e a coordenadora da Faculdade Unieuro, Andréa Franco Amoras Magalhães.
*Com informações da Agência Senado