O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, matando mais do que o HIV, malária ou câncer de mama. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 700 mil pessoas tiram suas vidas por ano. Para diminuir essa triste marca, foi instituído o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O Conselho Federal de Medicina (CFM) também faz parte dessa iniciativa e exorta todos a se engajarem na campanha.
“A data é importante para estimularmos uma reflexão sobre as causas do suicídio no Brasil e no mundo, levando as famílias a dialogarem sobre esse grave problema” argumenta o presidente do CFM, Hiran Gallo. Ele enfatiza a necessidade de todos estarem atentos aos sinais emitidos por amigos e familiares.
“Ao perceber mudanças de hábitos alimentares ou de sono, irritabilidade, pessimismo, tristeza ou apatia, entre em ação. Estimule o diálogo, não tenha de medo de perguntar e escute esta pessoa, sem julgamentos”, aconselha. Hiran Gallo lembra que também é possível encaminhar esta pessoa para atendimento em um Centro de Atendimento Psicossocial, onde ela receberá atendimento médico e multidisciplinar. “Além disso, ofereça seu abraço e sua escuta”.
Fatores de risco – O suicídio é uma complicação dos transtornos mentais e uma das principais causas de mortalidade preveníveis em todo o mundo. Os principais fatores de risco relacionados a esta triste situação são a presença de algum Transtorno do Humor (Depressão, Transtorno Bipolar), Transtorno por uso de Substâncias e tentativas de suicídio prévias.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil. Estes dados são muito preocupantes e políticas públicas são fundamentais para enfrentar a situação.
Desde 2014, o CFM e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) são aliados na campanha Setembro Amarelo de esclarecimento sobre o problema e incentivando as pessoas em sofrimento a procurarem ajuda. Como diz a campanha, “se precisar, peça ajuda!”