“O anabolizante é uma droga com potencial para causar consequências sérias de saúde. Temos que agir diante do atual cenário! O CFM é normatizador e fiscalizador da medicina brasileira, sempre tendo em vista a segurança do paciente. Não é por acaso que, em 2023, publicou a Resolução nº 2.333/23, que veda a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, para ganho de massa muscular e/ou melhora do desempenho esportivo. Essa resolução é para a proteção da sociedade”.

Com essa mensagem, o presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran Gallo, encerrou o I Fórum sobre o uso de Esteroides Androgênicos Anabolizantes, organizado pela autarquia, que aconteceu de forma híbrida ao longo de toda quarta-feira (3). O encontro foi idealizado pela Câmaras Técnicas de Endocrinologia e Metabologia; Urologia; e Medicina do Esporte, coordenadas, respectivamente, pelos conselheiros federais Annelise Mota de Alencar Meneguesso, Luís Guilherme Teixeira dos Santos e Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti.

Proposta de ações – Ao final, os participantes aprovaram um documento, na qual foi traçado um breve diagnóstico dessa questão e apontadas uma série de medidas que, na avaliação dos especialistas, devem ser adotadas para evitar o uso abusivo dessas substâncias. O texto propõe ainda ações para esclarecer a população sobre riscos dos excessos e atender e reabilitar adequadamente os usuários, preservando as indicações éticas para o uso de hormônios.

LEIA A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO APROVADO PELO I FORUM cartadebrasilia_forumanabolizantes_

César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), foi um dos expositores. “Esse fórum não se encerra aqui. Esse debate tem que trazer hipóteses e estabelecer os próximos passos. Precisamos criminalizar práticas abusivas e preservar aquilo que traz benefícios. Temos que proteger a população que acaba sendo presa fácil para falácia de criminosos. Não podemos ficar só no lamento. Temos que nos reunir periodicamente para definir um plano de ação concreta”, ressaltou.

Conselhos de classe – Como parte da estratégia de enfrentamento desse problema de saúde pública, os organizadores do I Fórum trouxeram para o evento representantes de outros conselhos de classe com o objetivo de estimular um diálogo multidisciplinar em torno da questão. “Não vamos conseguir chegar a uma conclusão sem que toda a sociedade participe. Essa não é uma questão exclusiva da medicina nem do Legislativo. Temos que unir forças de forma madura”, disse o conselheiro Luís Guilherme Teixeira dos Santos.

Nesse sentido, as discussões contaram com as contribuições de Rodrigo Costa, do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), e de Carlos Alberto Pinto de Oliveira, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Além deles, também foi convidado Fabrício Rocha Bastos, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

“Somos profissionais: queremos colaborar e discutir esse tema. O Conselho de Educação Física está totalmente aberto a esse diálogo. O CONFEF faz trabalhos educativos nesta área, o que já resultou em medidas municipais e estaduais que dispõem, por exemplo, sobre a obrigatoriedade de academias de ginástica e estabelecimentos similares a exibirem placa de advertência sobre o uso inadequado de anabolizantes”, afirmou Rodrigo Costa.

Também contribuíram com os debates do I Fórum: Paulo Augusto Carvalho Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Fernando Carmelo Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE); Vinicius Santos Nunes, membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH); Leonardo Seligra Lopes, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU); Maria Celeste O. Wender, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); e Sérgio Tavares Montenegro, membro do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

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