Fernando Uberti Machado* e Francisco Pavão**
Entre os dias 23 e 24 de agosto de 2017 realizou-se em Belém do Pará o II Fórum Nacional de Integração do Médico Jovem. O evento, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), contou com palestras e debates envolvendo os grandes temas da Medicina atual, especialmente aqueles mais demandados pelos médicos jovens: cuidados paliativos, vínculos e relações de trabalho, gestão de carreira, tecnologia e inovação em saúde, sistemas de saúde, modelo de formação médica, residência médica e tantos outros.
Centenas de jovens médicos e estudantes de Medicina estiveram presentes nos dois dias do evento, que contou também com transmissão on-line simultânea. Ao final, divulgou-se a chamada “Carta de Belém”, um compilado de proposições derivadas do Fórum a serem trabalhadas junto à sociedade e às autoridades competentes.
O II Fórum consolida o processo de crescimento da participação de médicos jovens dentro das entidades médicas brasileiras, que pode ser simbolizado pela criação da Comissão de Integração do Médico Jovem por parte do CFM: uma entidade desenvolvida para ser elo entre o Conselho e esses profissionais mais jovens, além de uma instância para discussão, coleta de demandas e encaminhamento de ações para esse público que já compõe cerca de 40% dos médicos brasileiros.
Nesse sentido, é importante enaltecer o papel do Conselho dos Jovens Médicos da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), que tivemos a honra de representar juntamente com os colegas Nívio Moreira e Naiara Balderramas.
Foi discutida a atuação e importância da CMLP e do Conselho dos Jovens Médicos nesse processo de integração, para que se alcancem avanços significativos para a Medicina e a Saúde, inclusive com o encaminhamento de eventos e ações conjuntas. Saímos de Belém mais fortes do que chegamos, mais unidos e com a certeza de que a voz dos médicos jovens está no centro da agenda de nossas entidades representativas, no Brasil, em Portugal, e em todos os demais países que comungam da lusofonia e Medicina.
Muitas mudanças nascem necessariamente de rupturas devido às circunstâncias de cada tempo; porém, as mudanças graduais e sustentadas, avalizadas pelo consenso, são as mais perenes. É esse tipo de mudança a que estamos assistindo, na senda da construção de uma Saúde Lusófona.
* Fernando Uberti Machado é residente em Psiquiatria, no Brasil.
** Francisco Pavão é residente em Saúde Pública, Portugal.
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