Confira os protocolos de utilização da resolução | |
Seleção dos pacientes |
Serão selecionados os pacientes que preencherem os critérios diagnósticos de epilepsia resistente ao tratamento da criança e do adolescente, tendo se esgotado as alternativas terapêuticas medicamentosas. Será considerada epilepsia resistente ao tratamento a que se enquadrar na definição proposta pela International League Against Epilepsy (ILAE). (Fisher RS et al. A practical clinical definition of epilepsy, Epilepsia 2014; 55:475-482): falha de resposta a adequado ensaio clinico com dois anticonvulsivantes tolerados e apropriadamente usados (seja como monoterapia ou em combinação) para alcançar remissão de crises de modo sustentado. |
Protocolo de utilização |
O CBD deverá ser utilizado em adição às medicações que o paciente vinha utilizando anteriormente. O tratamento com o CBD pode começar com doses de 2,5mg/kg/dia, por via oral, divididas em duas doses diárias. A dose pode ser aumentada em 5mg/kg/dia a cada sete dias, até a dose máxima de 25mg/kg/dia dado em duas doses ao longo de um mínimo de cinco semanas a partir do início do tratamento, a fim de determinar a dose ideal com garantia de segurança e tolerabilidade. Ao prescrever o CBD é importante o médico estar atento às possíveis interações medicamentosas com drogas metabolizadas pelo sistema de citocromos P-450, especialmente se envolverem os citocromos 3A, 2C, 1A, 2D6 e 2B, o que ocorre com várias drogas antiepilépticas. Portanto, é recomendado que seja feita a dosagem dos níveis plasmáticos dos anticonvulsivantes antes e durante o tratamento com o CBD, bem como a monitoração das enzimas hepáticas e hemograma. |
Protocolo de seguimento | Após a introdução do medicamento, o médico deverá encaminhar ao CFM, por via eletrônica, o Relatório de Acompanhamento (Anexos V ou VI), devidamente preenchido, com uma periodicidade de 4 a 6 semanas, no primeiro ano e de 12 semanas após esse período. |