Participantes do IX Fórum de Ensino Médico apresentam propostas para a docência
As propostas dos grupos de trabalho do IX Fórum Nacional de Ensino Médico para o aprimoramento da docência nos cursos de medicina brasileiros serão enviadas ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes), além do Ministério da Educação. “Com isso daremos sequência ao que foi debatido nesses dois dias, contribuindo para a melhoria do ensino nas nossas escolas médicas”, afirmou o coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, conselheiro federal Lúcio Flávio Gonzaga Filho.

O IX Fórum Nacional de Ensino Médico, realizado nos dias 16 e 17 de agosto, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, contou com a realização de painéis e a formação de grupos de trabalhos. Entre as propostas, está a necessidade de implantação de um sistema de avaliação dos professores que seja formativo, sem caráter punitivo. Também foi constatado que os cursos de mestrado e doutorado formam pesquisadores, mas não capacitam para a docência. Diante desse quadro, foi reforçada a necessidade de o professor participar de cursos de qualificação docente.

Outro problema apontado foi a pouca valorização do professor. “Quem opta pela docência, tem de continuar trabalhando na assistência para pagar as contas no final do mês”, argumentou a relatora do grupo Competências para a Docência”, professora Hermila Tavares Vilar Guedes. Há, ainda, maior valorização dos títulos acadêmicos, em detrimento da experiência e do bom desempenho em sala de aula.

Os grupos de trabalho também debateram avaliação para a docência, cujas propostas foram apresentadas pela professora Márcia Sakai (acesse aqui as propostas); gestão acadêmica e programas de desenvolvimento docente, relatado pelo professorr Ivan Contrera (propostas podem ser acessadas aqui) e mérito acadêmico, coordenado pela professora Maria da Conceição Ribeiro Simões (acesse aqui as propostas). Márcia Sakai lembrou que a autonomia docente impede que haja uma real avaliação do trabalho feito em sala de aula e que não deveriam ser estabelecidos critérios únicos de avaliação, já que há uma diversidade grande de cenários.

Já o professor Ivan Contrera relatou as dificuldades enfrentadas pelos preceptores devido às deficiências dos cenários de prática. Ele acredita que nas instituições particulares seja mais fácil realizar as capacitações docentes, já que no ensino público o plano de carreira é mais engessado. Também defendeu o uso da tecnologia da informação como um instrumento para capacitação docente. Maria da Conceição Ribeiro defendeu revisões nos critérios de seleção e de remuneração docente, sendo incluído, além do ensino, pesquisa e extensão, o engajamento institucional do docente.

Durante o debate, foi ressaltada a necessidade de um maior envolvimento o professor e a importância de uma postura ética em sala de aula e nas aulas práticas. “A forma como tratamos nossos pacientes, será repetida por nossos alunos”, frisou a professora Márcia Sakai. Milton de Arruda Martins apresentou dados sobre o Saeme

Saeme – Antes da apresentação dos relatórios dos grupos, o coordenador do Sistema de Acreditação das Escolas Médicas (Saeme), professor Milton de Arruda Martins, fez uma apresentação sobre o programa. Até o momento, 30 faculdades de medicina brasileiras já receberam o certificado e mais nove receberão o comprovante esta semana.

“O Saeme não tem ranking. Nosso objetivo não é fechar escolas, mas melhorá-las. Temos uma posição dialógica. Ao final da inspeção, concedemos o selo de acreditação para aquelas que estão em conformidade com os critérios estabelecidos”, explicou Milton de Arruda Martins. Ele também explicou que a partir de 2023 a ECFMG (Education Commission for Foreign Medical Graduates), entidade que faz a revalidação de diplomas para atuação de médicos estrangeiros nos Estados Unidos, só vai aceitar avaliar médicos oriundos de escolas acreditadas. O CFM e a Abem estão trabalhando para que a World Federation for Medical Education (WFME), organismo mundial que reúne instituições de ensino médico, defina o Saeme como a entidade acreditadora brasileira. “No momento em que o Saeme for reconhecido pela WFME, os alunos formados por instituições acreditadas pelo nosso Sistema poderão prestar o exame ECFMG americano”, explicou.

O coordenador do Saeme explicou que o Saeme não tem o objetivo de competir com o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e que recentemente o Ministério da Educação assinou uma carta considerando o Saeme auxiliar o Sinaes. “Nosso objetivo não é competir com o Sinaes, mas ter um papel complementar. Além de não termos ranking, enviamos um relatório para as escolas muito mais extenso”, pontuou. (Veja a apresentação aqui).

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