Escrito por Vilmar M. Oliveira; José M. Aldrighi*

Recente publicação da Nature Medicine1 estudou células cancerosas de mama, ovário e pulmão por meio de microarray (análise gênica múltipla), que tem o objetivo de avaliar o perfil gênico, ou seja, suas propriedades moleculares específicas, denominadas assinaturas gênicas. Utilizando-se dessa assinatura, os autores conseguiram caracterizar o melhor regime quimioterápico, consoante o tipo de tumor, pela validação obtida com o tratamento clínico empregado. Os resultados sinalizaram que a aplicação da assinatura na prática clínica pode melhor selecionar os agentes citotóxicos a serem prescritos, bem como a possibilidade de se associar fármacos alvo-específicos, como o trastuzumab, recomendado para o câncer de mama. De fato, os autores observaram que a assinatura gênica foi capaz de predizer em mais de 80% quais os fármacos de melhor eficácia para o tratamento dos tumores.

Comentário

Entre as novas tecnologias para o melhor entendimento do genoma, destaca-se o microarray, capaz de avaliar simultaneamente milhares de genes, ou seus produtos, que permitiu caracterizar a impressão molecular ou a assinatura gênica dos tumores. Os microarrays estão sendo usados para analisar a expressão de RNAm, ou do DNA, de vários genes, permitindo a caracterização de diferentes fenótipos associados à resposta ao tratamento clínico, bem como predizendo o intervalo livre de doença2, por meio das condições linfonodais e da sobrevida livre de doença com distintos agentes quimioterápicos3. Em estudo prévio, a assinatura gênica foi testada em 295 mulheres com câncer de mama (por microarray), definindo dois grupos: o primeiro, cujos genes indicavam bom prognóstico, e o segundo, mal prognóstico. Os resultados mostraram que as mulheres do primeiro grupo exibiram significativa redução na recidiva da doença4.

Mais recentemente, os microarrays estão sendo recomendados como fator preditivo para resposta à quimioterapia. Entretanto, mais estudos são necessários para validação desta indicação3.

Do exposto, conclui-se que a assinatura gênica certamente representará uma importante estratégia futura de tratamento do câncer, visando não só uma maior resposta ao quimioterápico, mas também propiciando uma melhor qualidade de vida às usuárias e menor impacto econômico ao sistema de saúde.

*Livre-docente em Saúde da Mulher pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

 

* As opiniões, comentários e abordagens incluidas nos artigos publicados nesta seção são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, o entendimento do Conselho Federal de Medicina (CFM).


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